Assim está bem!…
Quase um ano depois da pandemia se ter estendido a Portugal, a chegada das primeiras vacinas contra a COVID-19 veio dar uma nova esperança à população. Não é a erradicação da doença, mas algo que proporciona já alguma defesa e, principalmente, que torna os efeitos desta bem menos nefastos do que até agora. Trata-se do “sinal” de que tanto estamos precisados, depois de um ano tão diferente, despido de afetos e de convívio com aqueles que mais amamos. Mais de 365 dias que trouxeram tanta coisa má ao mundo e que a nível concelhio podemos representar pela sua face mais negra, a morte, até ao dia de hoje, de mais de 30 pessoas.
A vacina, felizmente, chegou e já algumas centenas de portomosenses a receberam. Uns nos lares de idosos e unidades similares, outros nos centros de vacinação, criados numa parceria entre o Município e a “Saúde”, e é precisamente desses centros e do trabalho que lá tem vindo a ser desenvolvido que vos quero falar hoje.
Confesso que fiquei muito bem impressionado. Levava já na bagagem algumas ideias, nem todas positivas, mas o ver as coisas a acontecer permitiu-me formar opinião própria. É claro que num primeiro olhar fui tentado a concordar que não seria necessário tanto “folclore”, tanto trabalho gráfico a emoldurar uma realidade que, no fundo, apesar de complexa em termos logísticos, tem como ponto fundamental esse ato tão simples, embora de enorme importância, que é a administração de uma vacina.
Também não seria necessário transformar as colaboradoras do Município naquilo que em termos visuais anda ali no meio entre as assistentes de bordo de uma qualquer companhia aérea e as funcionárias das clínicas privadas. A sua simples bata de trabalho do dia a dia, desde que irrepreensivelmente limpa e bem cuidada, seria suficiente para o cumprimento daquela missão e os custos para o Município bem menores. Não foi esse o entendimento, e há que respeitar desde que a fatura que por aí venha não seja de bradar aos céus. Ao que me disseram, as fardas, que afinal serão jalecas de chefs de cozinha adaptadas agora a uma nova função, terão sido encomendadas a uma empresa no concelho, o que é um ponto a favor. Estimular a economia local é uma das obrigações do Município no atual contexto.
Pormenores à parte, há que realçar sobretudo a organização irrepreensível, a atenção aos pormenores (como o de proporcionar transporte a quem precisa dele) e o trabalho de excelência que está a ser levado a cabo nos três centros de vacinação. Aqui, não há um “de primeira” e os restantes “de segunda”, tudo acontece, embora em dimensões diferentes, da mesma forma e sempre a um nível qualitativo elevado. Mas tanto ou mais importante que a qualidade do trabalho em si, está o toque humano, aquilo que faz verdadeiramente a diferença quando a qualidade já é alta.
O carinho imenso, a atenção inexcedível para com os mais velhos, o ato humilde de joelhar junto a um idoso para poder comunicar com ele de igual para igual, a mão que se estende para amparar uma marcha já hesitante ou para ajudar a despir a camisola, o “bom dia” que se dá com um sorriso de orelha a orelha, ou a piada que é dita, para ajudar a descontrair antes da vacina, todos estes gestos pude presenciar nas muitas horas passadas nos três centros. Profissionais de saúde, colaboradores do Município, e, inclusive, autarcas, todos eles têm dado excelentes exemplos desse tal toque humano que faz toda a diferença e por isso merecem os parabéns, embora se veja que o fazem não por ser o seu dever, mas como algo natural.
Esta tarefa hercúlea, o vacinar largas centenas de pessoas em poucos dias, revelava-se um desafio para todos, a começar pelos profissionais de saúde, tantas vezes injustamente criticados e muito pouco reconhecidos pelo que durante todo o ano fazem nos seus locais de trabalho. O desafio parece-me vencido em toda a linha, o que só comprova a excelência profissional e as qualidades pessoais que diariamente colocam ao serviço da comunidade.
Definitivamente, Porto de Mós tem motivos para se orgulhar pela forma como o processo de vacinação está a decorrer.
A vacina, felizmente, chegou e já algumas centenas de portomosenses a receberam. Uns nos lares de idosos e unidades similares, outros nos centros de vacinação, criados numa parceria entre o Município e a “Saúde”, e é precisamente desses centros e do trabalho que lá tem vindo a ser desenvolvido que vos quero falar hoje.
Confesso que fiquei muito bem impressionado. Levava já na bagagem algumas ideias, nem todas positivas, mas o ver as coisas a acontecer permitiu-me formar opinião própria. É claro que num primeiro olhar fui tentado a concordar que não seria necessário tanto “folclore”, tanto trabalho gráfico a emoldurar uma realidade que, no fundo, apesar de complexa em termos logísticos, tem como ponto fundamental esse ato tão simples, embora de enorme importância, que é a administração de uma vacina.
Também não seria necessário transformar as colaboradoras do Município naquilo que em termos visuais anda ali no meio entre as assistentes de bordo de uma qualquer companhia aérea e as funcionárias das clínicas privadas. A sua simples bata de trabalho do dia a dia, desde que irrepreensivelmente limpa e bem cuidada, seria suficiente para o cumprimento daquela missão e os custos para o Município bem menores. Não foi esse o entendimento, e há que respeitar desde que a fatura que por aí venha não seja de bradar aos céus. Ao que me disseram, as fardas, que afinal serão jalecas de chefs de cozinha adaptadas agora a uma nova função, terão sido encomendadas a uma empresa no concelho, o que é um ponto a favor. Estimular a economia local é uma das obrigações do Município no atual contexto.
Pormenores à parte, há que realçar sobretudo a organização irrepreensível, a atenção aos pormenores (como o de proporcionar transporte a quem precisa dele) e o trabalho de excelência que está a ser levado a cabo nos três centros de vacinação. Aqui, não há um “de primeira” e os restantes “de segunda”, tudo acontece, embora em dimensões diferentes, da mesma forma e sempre a um nível qualitativo elevado. Mas tanto ou mais importante que a qualidade do trabalho em si, está o toque humano, aquilo que faz verdadeiramente a diferença quando a qualidade já é alta.
O carinho imenso, a atenção inexcedível para com os mais velhos, o ato humilde de joelhar junto a um idoso para poder comunicar com ele de igual para igual, a mão que se estende para amparar uma marcha já hesitante ou para ajudar a despir a camisola, o “bom dia” que se dá com um sorriso de orelha a orelha, ou a piada que é dita, para ajudar a descontrair antes da vacina, todos estes gestos pude presenciar nas muitas horas passadas nos três centros. Profissionais de saúde, colaboradores do Município, e, inclusive, autarcas, todos eles têm dado excelentes exemplos desse tal toque humano que faz toda a diferença e por isso merecem os parabéns, embora se veja que o fazem não por ser o seu dever, mas como algo natural.
Esta tarefa hercúlea, o vacinar largas centenas de pessoas em poucos dias, revelava-se um desafio para todos, a começar pelos profissionais de saúde, tantas vezes injustamente criticados e muito pouco reconhecidos pelo que durante todo o ano fazem nos seus locais de trabalho. O desafio parece-me vencido em toda a linha, o que só comprova a excelência profissional e as qualidades pessoais que diariamente colocam ao serviço da comunidade.
Definitivamente, Porto de Mós tem motivos para se orgulhar pela forma como o processo de vacinação está a decorrer.