No passado dia 19 de julho, o auditório José da Silva Catarino, no Alqueidão da Serra, foi o cenário escolhido para a realização da assembleia geral da Ur’gente – Associação de Utentes de Saúde de Porto de Mós, que pretendia eleger os órgãos sociais. Em declarações a O Portomosense, a agora presidente da direção, Ana Margarida Amado, referiu que também foram discutidos os valores das cotas, o regulamento interno e o plano de atividades para este ano.
A associação que surgiu em meados de abril já tem em vista alguns projetos que pretende ver realizados no futuro. Ana Margarida Amado salientou que vai ser elaborado «um livro branco» onde será apresentado o estado de saúde do concelho, baseado na «perceção que os utentes têm» dos serviços que lhes são prestados ao nível dos cuidados primários de saúde. Neste projeto, a associação criou um protocolo com a Escola Superior de Saúde de Leiria, que fará os inquéritos à população de forma a que o relatório final obtenha um parecer científico.
Referindo-se à manifestação do passado mês de maio organizada pela Ur’gente, Ana Margarida Amado afirma que foi importante para «resolver muita coisa», lembrando que o importante é que as pessoas tenham «consciência» de «tudo aquilo a que têm direito». Depois da manifestação a presidente da Ur’gente esteve reunida com o coordenador da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Porto de Mós e salientou a «boa comunicação» que pode resultar numa «grande colaboração» entre as duas entidades, de forma a que em «conjunto» se encontrem soluções para as lacunas que existem.
Sobre a realidade atual do Sistema Nacional de Saúde, Ana Margarida Amado frisa que há certas estatísticas que são ditas por políticos que lhe deixam um «amargo de boca» pelo facto de estas não refletirem a realidade das pequenas povoações. A presidente da direção da Ur’gente salienta que estas percentagens não têm, muitas vezes, em conta «as pessoas que têm médico de família no papel, mas que não o têm na realidade».