No concelho de Porto de Mós, há uma empresa que decidiu fazer uma viseira de proteção com o intuito de proteger os profissionais de saúde à exposição do novo coronavírus. Sediada em Mira de Aire, a empresa Sar & Grafia dedica-se a prestar serviços de publicidade e impressão. O objetivo é que depois de estarem finalizadas, as viseiras sejam entregues às alas de pediatria do Hospital de Santo André, em Leiria e do Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
Em declarações a O Portomosense, o diretor da empresa, João Paulo Saraiva, explica que além de ter problemas de saúde que o colocam no chamado grupo de risco, a redução de trabalho e a necessidade constante de criação, levou-o a questionar-se o que é que a empresa poderia fazer para ajudar a «combater este flagelo mundial». Depois de alguma reflexão, João Paulo Saraiva observou todos os materiais que a empresa dispunha, inclusive, desperdícios. O diretor da empresa Sar & Grafia rapidamente percebeu que a execução da peça que tinha em mente era possível.
«Nós idealizámos uma máscara de viseira de proteção com três peças únicas em plástico, feita de materiais baratos e descartável. Sem recurso a muita tecnologia», adianta. O objetivo é claro: proteger os profissionais de saúde da exposição ao novo coronavírus através de uma peça que tenha um «agarro perfeito» e que seja o «mais económica possível».
João Paulo Saraiva refere que neste momento têm material para «um milhar de peças» e que o trabalho que está a ser desenvolvido passa por finalizar a peça com «a ajuda das pessoas» e de «algumas indústrias de Mira de Aire» que se disponibilizaram para fazer as fitas de aperto. Para o dia de hoje, prevê-se que comecem todos a «produzir em sintonia».
O diretor da empresa refere, ainda, que o presidente da Câmara de Porto de Mós, já o contactou no sentido de disponibilizar apoio logístico, o que foi de imediato aceite. O responsável garante ainda que tanto a sua empresa como as outras que estão a colaborar neste projeto o fazem de forma totalmente gratuita. Ninguém está a pensar deixar de produzir aquilo que já produz no dia a dia, mas sim, unir esforços para fazer vingar este projeto num momento muito particular do país e do mundo.