A Sociedade Recreativa da Cabeça Veada, na União de Freguesias de Arrimal e Mendiga, acolheu no passado domingo, dia 20, pela quarta vez, o Encontro de Tocadores de Concertinas, no qual participaram 10 grupos de tocadores, e o balanço, para a organização, não podia ter sido melhor. «É muito positivo. Tudo correu bem e as expectativas foram superadas, em termos de grupos e de público. Saímos todos satisfeitos», sublinha Eurico Simão, um dos responsáveis pela direção da Escola de Concertinas da Cabeça Veada.
Depois de um período conturbado provocado pela pandemia, as pessoas responderam em massa ao evento. Ao todo, nessa tarde, passaram pela Cabeça Veada «para cima de 400 pessoas», entre tocadores, pessoas que foram assistir às atuações e outras que quiseram apenas participar no almoço. Eurico Simão tem uma explicação para o sucesso do evento: se antes da pandemia as pessoas «não ligavam tanto» à música, à concertina e à Cultura, e já davam tudo isso «como garantido», hoje em dia, o público «já dá um bocadinho mais de valor». Do lado dos tocadores, Eurico Simão não tem dúvidas de que ver que «tudo corre bem» é o «maior reconhecimento» que podem ter. Além disso, garante, são as palmas que sustentam a satisfação dos artistas: «Eles gostam de sentir o prazer de verem que estão a ser aplaudidos. Gostam de ver que estão a realizar um trabalho que é importante para o público e para as associações», considera.
Na organização estiveram envolvidas «entre 30 a 40 pessoas». À exceção de uma pessoa que é contratada para ficar responsável por gerir a área da cozinha, todas as outras trabalharam no evento de forma totalmente voluntária. E é precisamente a essas pessoas, que contribuem para as «coisas funcionarem» e que fazem «com que as coisas aconteçam», que Eurico Simão dirige os maiores elogios: «A parte mais importante deste evento são sempre aquelas pessoas que nos ajudam. Estou muito grato a todas elas», frisa. O dirigente associativo não tem dúvidas que «uma pessoa sozinha nunca consegue fazer nada» e é por isso que, por detrás do principal rosto da associação, estão envolvidos amigos e familiares que são tão ou mais importantes. E essa é, no entender de Eurico Simão, a “chave” para que as coisas corram bem: «As pessoas trabalharem em conjunto umas com as outras», sublinha. «É necessário pensarmos pouco em nós e mais nos outros», defende.
Foto | Jéssica Silva