A deputada municipal Liliana Pereira (PS) questionou na última Assembleia Municipal (AM): «Ponto de situação das obras da Escola Secundária de Porto de Mós?». Jorge Vala respondeu. «A candidatura foi feita, o concurso está a decorrer, sabemos agora, porque tivemos cá a senhora ministra da Coesão Territorial, que a candidatura da Escola Secundária vai ser financiada por multifundos, PRR e Portugal 2030. Nós temos uma candidatura feita ao programa Portugal 2030 e vamos ter que transitar uma parte para o PRR para depois ser financiado», explicou o autarca. Mas uma coisa «é certa»: «A escola está na prioridade muito urgente e as escolas muito urgentes têm que ficar concluídas até junho de 2026. Portanto, uma obra desta dimensão de quase 10 milhões de euros, como bem calcularão, tem que avançar rapidamente, sob pena de depois não a conseguirmos construir enquanto existe a disponibilidade para execução dos fundos comunitários», salientou.
Balanço do início do ano letivo
Esta AM serviu também para um balanço do arranque do novo ano letivo. A presidente de Junta da União de Freguesias de Alvados e Alcaria, Sandra Martins, que é também professora no Agrupamento de Escolas de Porto de Mós, lançou o mote. «Neste momento, ao contrário do que aconteceu no ano passado, temos apenas um horário que ainda não foi aceite, estamos com as aulas praticamente todas», adiantou, numa altura em que a nível nacional são muitas as notícias de horários por preencher. «Arrancámos com 25 turmas do pré-escolar, 49 turmas no primeiro ciclo, 12 turmas na Escola Doutor Manuel de Oliveira Perpétua (segundo ciclo), seis do quinto e seis do sexto, 13 turmas na Escola Secundária de Mira de Aire e 36 turmas na Escola Secundária de Porto de Mós, estamos a chegar ao limite em termos de infraestruturas», avisou a presidente. «Portanto, estamos com alunos continuamente a chegar, nomeadamente alunos que vêm de outros países e estamos a chegar a um ponto que nossa capacidade física começa a estar no limite», reforça. A professora revelou que já foi tida uma reunião com o executivo da Câmara Municipal «no sentido de se tentar arranjar algumas soluções com salas maiores para se poder dar resposta à necessidade de todos os alunos». Ainda assim, frisa, foi um «arranque dentro da normalidade»: «Temos tudo para continuar a fazer um bom trabalho enquanto agrupamento».
Já o presidente de Junta de Alqueidão da Serra, Filipe Batista, alertou para a falta de alguns materiais na escola do primeiro ciclo da sua freguesia como «projetores, telas, computadores». Filipe Batista agradeceu ainda «as obras que foram feitas no Jardim de Infância» do Alqueidão da Serra.
Jorge Vala disse que o início do ano escolar «correu razoavelmente bem»: «Tivemos alguns atrasos, até sem depender exclusivamente de nós, como foi o caso do equipamento do Alqueidão da Serra, lançámos o procedimento há algum tempo e o equipamento está algo atrasado, mas de todo o modo são coisas que se vão resolver dentro de muito pouco tempo», garantiu. «Tivemos que interromper a beneficiação ao espaço exterior da escola de São Bento por causa do tempo, temos em curso também a conclusão do espaço exterior da pré-escola de Arrimal e, portanto, as coisas estão a acontecer», disse ainda. No dia seguinte à AM, dizia Jorge Vala, «ia ser instalado um equipamento novo de copa na cozinha da escola de São Bento». «Temos as escolas todas cheias, felizmente, temos mais 230 alunos do que tínhamos no ano letivo anterior, portanto é sinal de que a resposta está a ser dada pela comunidade escolar e naturalmente pela equipa da senhora vereadora da Educação, Telma Cruz», concluiu.
Foto | Jéssica Moás de Sá