Foi aprovado, com uma abstenção de Rui Marto, o novo concurso para a concessão do Bar das Piscinas Municipais. Ainda com o último projeto em mente, que o presidente da Câmara confessou “não ter corrido bem”, esteve em votação, na reunião de Câmara descentralizada, a 3 de janeiro, nas Pedreiras, a abertura de um novo concurso. A tentativa de reerguer este espaço surge sobretudo pela “fraca oferta que existe na restauração” que não é “suficiente para a procura que existe, sobretudo ao fim de semana”, explica Jorge Vala. Eduardo Amaral, vice-presidente e vereador do Desporto, lembrou ainda que a falta de um bar naquela zona é “uma limitação da zona desportiva que precisa de serviços complementares” todo o ano. O vereador frisou os “600 utilizadores” inscritos nas piscinas.
Apesar da aprovação deste concurso, houve alguns pontos de discórdia entre o executivo municipal, entre eles a renda mensal. Rui Marto, vereador do PS, considera a descida de 450 para 350 euros de renda mensal miníma, propícia a “aventureiros”, dificultanto a triagem dos candidatos. Em debate esteve também a contradição face à fórmula em caso de empate, que, na opinião do socialista, não prioriza a qualidade do projeto, dando preferência ao candidato que oferecer a maior renda mensal.
Outra das questões em disussão foi a autonomia do bar junto às piscinas exteriores em relação ao bar cimeiro , que Rui Marto considerou ser pertinente. No entanto, o presidente da Câmara lembrou dois fatores para a não concretização dessa divisão, a questão da ligação física entre os dois bares e também a garantia de que, pelo menos no verão, há forma de rentabilizar o bar exterior. Jorge Vala lembrou ainda que as piscinas exteriores têm grande afluência, chegando mesmo “a encerrar por chegarem ao limite de pessoas”, mas que é preciso que o candidato vencedor “pratique preços acessíveis” para evitar que as pessoas se desloquem ao exterior das piscinas para adquirir produtos.
O presidente lembrou ainda que na concessão anterior o espaço foi deixado “tudo sujo”, o que obrigou a Câmara a uma limpeza integral do espaço, desejando que apareça agora um candidato com visão a longo prazo. Sofia Caetano, vereadora do AJSIM, pediu ainda que não se “facilite na entrega de documentação, como aconteceu no passado”, para evitar qualquer contratempo.