Início » Estabelecer parcerias pode ser a chave

Estabelecer parcerias pode ser a chave

22 Fevereiro 2023
Catarina Correia Martins

Texto

Partilhar

Catarina Correia Martins

22 Fev, 2023

No 15.º Congresso Nacional Radiodifusão, que se realizou na Casa da Cultura de Mira de Aire, no passado dia 11, num painel que versava sobre Rádio – Novos Paradigmas (Novos Conteúdos/Novos Mercados/Novos Hábitos de Consumo), depois de se apresentarem dados estatísticos e algumas sugestões tecnológicas para aquilo que pode ser o futuro da rádio, um congressista lançou uma questão que mereceu a apreciação da assistência: «Parece que estamos aqui a assistir a um incremento do hardware e do software, mas parece também que estamos a assistir a um abaixamento do “genteware”, é assim?», perguntou. O realizador da rádio Diana FM, Luís Matias, participante neste painel, explicou que o desafio é que são precisas «mais pessoas para trabalhar». «Os recursos, as pessoas são caras, mas precisamos de ter pessoas em áreas específicas porque há mudanças na tecnologia. Há estudos que apontam que o segundo principal motivo por que as pessoas ouvem rádio é a personalidade que está na rádio, a pessoa, o artista. As pessoas são fundamentais e não são de descurar», disse. O administrador do grupo Voz On, Arcindo Guimarães, completou o raciocínio com a questão que pairava nas cabeças da plateia: «E orçamento para contratar essa gente toda?». Logo a seguir surgiu a resposta: «Temos que ter parceiros que trabalhem connosco projeto a projeto, não têm que ser funcionários da casa. Cada rádio deve ter a sua rede bem definida, para contratar pessoas quando são necessárias», explicou. A ideia foi no seguimento de uma outra, já anteriormente apresentada pelo diretor da RTP, Pedro Braumann, que defendeu que, «neste momento, mais do que nunca, há a necessidade de cooperação e colaboração entre as diferentes rádios que, ainda por cima, nem sequer estão a competir [já que podem ser de sítios muito distintos do país]». Esta colaboração, «que está já a acontecer em vários setores da economia», «passa a ser cada vez mais relevante, quer para ter plataformas em que possam ser oferecidos diferentes conteúdos, quer para conseguir uma economia de escala, portanto ter custos mais baixos e maior qualidade dos produtos», explicou. Pedro Braumann concluiu, dizendo que «as pessoas continuam a ser importantes, os conteúdos continuam a ser importantes, mas para algumas das tarefas que são necessárias em termos futuros, há que pensar de uma forma diferente daquela que se pensava tradicionalmente».

Foto | Bruno Sousa

Assinaturas

Torne-se assinante do jornal da sua terra por apenas: Portugal 19€, Europa 34€, Resto do Mundo 39€

Primeira Página

Publicidade

Este espaço pode ser seu.
Publicidade 300px*600px
Half-Page

Em Destaque