Encerrada há sete meses para obras de requalificação, a Extensão de Saúde das Pedreiras vai estar concluída até final deste ano. A garantia foi dada a O Portomosense pelo presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós, Jorge Vala. Embora neste momento já esteja na fase final, ao longo deste tempo a obra tem sofrido «alguns constrangimentos» devido, sobretudo, à «falta de mão de obra e à dificuldade em obter algumas matérias-primas». Constrangimentos que são, aliás, transversais à generalidade das empreitadas em curso no concelho, segundo recorda o autarca.
Além das intervenções que já estavam previstas será, ainda, feita uma outra que não tinha sido inicialmente identificada. «O muro de contenção começou entretanto a ceder e nós decidimos que vamos removê-lo e fazer um novo. O objetivo é fazer uma coisa diferente, para que aquilo fique tudo bonito», revela. A instalação de um elevador que ligará o piso principal à cave foi desde logo uma das principais prioridades da Câmara que acabou por não aceitar a sugestão da ARS de o vir a colocar no futuro, nem a outra solução apresentada: «A ideia era ter uma plataforma de descida pelas escadas, o que iria criar alguns problemas às pessoas com mobilidade reduzida porque colocar uma cadeira de rodas numa plataforma não é a mesma coisa que abrir a porta do elevador e pôr a pessoa a descer», justifica. «Nós achámos que enxoval que não vai com a noiva, tarde ou nunca vai», brinca.
A requalificação da Extensão de Saúde de Pedreiras era um projeto há muito aguardado e o próprio presidente da Câmara reconhece que a obra «vem atrasada uns poucos de anos» mas esclarece que todos esses atrasos «não decorreram da responsabilidade da Câmara». A intervenção neste posto médico já vinha a ser discutida desde 2018, aquando da criação da USF Novos Horizontes, altura em que, recorda, «houve o compromisso de requalificar a Extensão de Saúde de Pedreiras e a Extensão de Saúde de Calvaria de Cima». A das Pedreiras nunca chegou a ser intervencionada mas após uma vistoria à USF essa requalificação passou a ter «carácter de urgência». O projeto, inicialmente elaborado pelos técnicos do Município em conjunto com o Agrupamento de Centros de Saúde do Pinhal Litoral, acabou por não ser aceite pela ARS de Coimbra porque «não tinha tido validação dos arquitetos da ARS». Porém, após terem «pegado» novamente nele e de terem feito as «adaptações que entenderam» foi firmado o protocolo e só depois disso é que a obra, efetivamente, começou. A necessidade de se avançar com o processo o mais depressa possível era tanta que o presidente da Câmara lembra o que é que poderia ter acontecido se essas obras de adaptação às exigências da USF não fossem feitas: «Poderíamos sujeitar-nos a perder a USF Novos Horizontes e todo o trabalho que foi feito para a constituir cairia por terra, o que não era de todo recomendável porque ela está a funcionar bem, felizmente», sublinha.