Na última reunião de Câmara foi aprovado o regulamento do Fab Lab, a instalar no Espaço Jovem, na vila sede de concelho. Este será o primeiro laboratório digital da região, considerado pelo presidente da Câmara, Jorge Vala, «um salto muito importante para a entrada do concelho no mundo das novas tecnologias».
Na apresentação, o vereador responsável pelo projeto, Marco Lopes, referiu que um Fab Lab «é um espaço de tecnologia» que põe à disposição de todos «ferramentas de prototipagem rápida»; explicando que se tivermos «um projeto idealizado na nossa cabeça», podemos dirigir-nos ao Fab Lab, onde estará um lab manager, «um técnico que sabe mexer em todas as máquinas», que nos vai ajudar a criar um protótipo e a “imprimi-lo” depois. «Consoante o projeto, passará depois para a máquina que melhor se adeque à sua execução», referiu o vereador.
O laboratório terá disponíveis equipamentos como impressoras e scanners 3D, fresadora de grande formato CNC, máquina de corte e gravação a laser, plotter de corte vinil, equipamento de carpintaria, bancada de eletrónica e computadores com software de modelação e desenho vetorial.
A utilização do espaço será paga, consoante tabela já estabelecida e as marcações para utilização do espaço poderão ser feitas através da página da internet ou de correio eletrónico, criado propositadamente com esse fim.
Além da utilização pontual, o espaço deverá receber «workshops, oficinas e outras iniciativas de demonstração de tecnologia que são acessíveis a todos», informou o vereador da Inovação e Empreendedorismo. «Pretendemos colaborar com empresas e fazer parcerias com as escolas secundárias em diversas áreas da tecnologia», avançou, estando já firmado um protocolo com o Instituto Politécnico de Leiria (IPL) nesse sentido. O IPL vai ainda cooperar «num programa de palestras» que se pretende implementar. Segundo o regulamento, este laboratório digital «irá ainda num futuro próximo estar ligado a projetos de empreendedorismo no apoio à incubação de empresas, no apoio a residências artísticas, científicas ou no âmbito do design, assim como a projetos de desenvolvimento agrícola ou industrial e a novas redes de comunicação».
Marco Lopes adiantou ainda que o laboratório de Porto de Mós está integrado na rede de Fab Labs de Portugal e que a autarquia pretende também fazer a inscrição na rede mundial de Fab Labs.
Catarina Correia Martins | texto
Isidro Bento