Claro que é bom ser solidário durante todo o ano. Claro que não podemos lembrar-nos dos que mais precisam apenas no Natal, mas esta é uma época tão boa para o fazer como qualquer outra. Por isso, trazemos várias sugestões de pequenos gestos que podem fazer toda a diferença na vida de alguém.
- Às vezes, ser solidário nem sequer implica mudar as nossas rotinas ou hábitos, bastam pequenas adaptações. A primeira sugestão que trazemos passa por oferecer presentes solidários, ou seja, cujo valor reverte para alguma instituição. Uma boa opção é o site Compra Solidária. Neste portal, com 11 anos de existência, é possível encontrar imensas opções, para todas as carteiras que revertem para as mais diversas instituições. Quer exemplos? Pode comprar um porta-chaves que reverte a favor da Ajuda de Mãe; pode comprar uma garrafa de vinho tinto e ajudar a WWF; pode comprar um peluche artesanal e contribuir para a Cruz Vermelha Portuguesa; isto são três exemplos dos muitos que pode encontrar no site, a reverter para diferentes causas. Será também interessante conhecer o projeto Semear, que trabalha com pessoas com deficiência e com as suas famílias, para que possam ser integradas no mercado de trabalho. Esta associação tem também uma lojinha online, onde é possível adquirir “presentes de comer”. Mais uma opção solidária e até divertida é o kit de Natal da Operação Nariz Vermelho, composto por um nariz de palhaço, um baralho de cartas e um livro de colorir. Este pequeno contributo vai ajudar este projeto, que já dispensa apresentações, a levar um pouco de alegria a crianças hospitalizadas.
- Nem todos têm um Natal como o nosso, rodeado de família ou amigos, com comida e troca de presentes, por isso, caso tenhamos essa possibilidade, é sempre possível dar um pouco do nosso Natal a quem o não tem. Assim, através dos CTT, é possível apadrinhar o presente de Natal de uma criança, na iniciativa Pai Natal Solidário. Participar é fácil, basta entrar no site oficial, escolher a carta com o pedido que quer apadrinhar, e entregar o presente numa loja CTT. Presentes Solidários é a campanha da FEC | Fundação Fé e Cooperação que, através da venda de postais, transforma esse valor em «bens concretos adquiridos localmente para apoiar comunidades dois oito países lusófonos: Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste». Na prática é possível adquirir refeições escolares para Moçambique, kits escolares e brinquedos educativos para Timor-Leste, formação para voluntários em Portugal, kits pedagógicos para Angola, cabazes de alimentos para o Brasil, chapas de zinco para São Tomé e Príncipe, kits “Parto Seguro” para a Guiné-Bissau e colchões para Cabo Verde.
- Uma outra opção mais direta e, se calhar, mais comum é o donativo a instituições que lutam por causas reconhecidamente nobres. Deixamos aqui algumas ideias, mas a lista fica, com certeza, muito aquém das possibilidades.
* A Make-A-Wish é uma associação que tem como missão a «realização de desejos de crianças e jovens, dos 3 aos 17 anos, em todo o território nacional, com doenças graves, progressivas, degenerativas ou malignas, proporcionando-lhes um momento de força, alegria e esperança», pode ler-se no site oficial.
* Médicos Sem Fronteiras são uma organização médica humanitária internacional que oferece assistência a pessoas afetadas por crises, sejam elas causadas por conflitos armados, catástrofes naturais ou outros, com ação em mais de 70 países, entre os quais Iémen, Síria, Bangladesh, República Democrática do Congo e Albânia. Com a intenção de manter, ao máximo, a sua independência e neutralidade, esta organização é financiada em 96% por fontes privadas.
* A AMI é uma organização não governamental portuguesa que luta contra a pobreza, a exclusão social, o subdesenvolvimento, a fome e as consequências da guerra. Neste caso, além de se poder contribuir com donativos, há a hipótese de fazer compras na loja online ou oferecer-se como voluntário. - Nem só de grandes ações se faz a solidariedade. «Ninguém comete erro maior do que não fazer nada porque só pode fazer um pouco», já afirmava Edmund Burke, político e filósofo irlandês no século XVII. E às vezes nem se trata de fazer “pouco”, mas de fazer “perto”. Dê do seu tempo. Ofereça-se para ir ao supermercado, à farmácia ou fazer outros recados a familiares ou vizinhos idosos ou de risco. Mais, dê a essas ou outras pessoas uma palavra amiga, um abraço, ligue para saber como estão. Se a sua capacidade for um pouco mais longe, informe-se na sua junta de freguesia ou paróquia, junto das instituições de solidariedade da sua área de residência ou de trabalho sobre os bens que lhes fazem falta e, caso possa, adquiri-los ou sensibilizar familiares e amigos para contribuírem.