O município de Porto de Mós esteve este ano em evidência na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL) e aproveitou os holofotes da capital para apresentar, no passado dia 28 de fevereiro, diante de todos os que pelo Pavilhão 2 da FIL passaram ou dos que se ligaram às transmissões do evento difundidas em direto nas redes sociais, a maior joia da sua coroa: as Festas de São Pedro. Cartaz e as maiores novidades do evento mais esperado do ano foram divulgados numa mesa-redonda moderada pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Porto de Mós e vereador da Cultura, Eduardo Amaral, que contou com a companhia do presidente da direção do Fundo Social, Luís Vieira, do responsável pelo projeto Cozinha de Demonstração, Samuel Mota, e também do quarteto com origens no concelho, The Redbeds.
A primeira intervenção coube, naturalmente, a Eduardo Amaral, que caracterizou o certame como «a festa do associativismo» e «a festa de todos nós». As Festas de São Pedro são, no seu entender, «o grande cartão de visita dos portomosenses que convidam e que sabem bem receber os seus amigos […] E é durante este tempo que aproveitam para fazer reencontros, reviver e partilhar grandes momentos de alegria e de emoção», salientou.
Seguiu-se a vez de Luís Vieira tomar da palavra para enaltecer «o trabalho de um ano inteiro espelhado em 10 dias» e para apresentar o coscorão como «o verdadeiro rei, a imagem de marca das festividades e que segue uma receita antiga, um fenómeno de Porto de Mós, aprimorado durante muitos anos pela falecida associada D. Amélia». Também The Redbeds tiveram o seu “palco” antes de subirem ao afamado N1 (palco principal), e bem que o aproveitaram para falar sobre as ligações de três dos seus quatro membros à terra e também para divulgarem o seu novo álbum, que esperam que esteja cá fora ainda antes da data do seu concerto. Por fim, Samuel Mota teceu calorosos elogios a todas as equipas de voluntários que ano após ano dão o seu contributo nas tasquinhas e falou, com carinho, dos sete anos da Cozinha de Demonstração, «um projeto que foi pensado para entreter quem esperava pela rotação dos turnos das tasquinhas, mas que é hoje um complemento ao evento».
O programa
Este ano as Festas de São Pedro iniciam-se a 28 de junho, findam ao sétimo dia do mês seguinte e têm como tema central, sem grande surpresa, “a Liberdade”, escolhido no âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, que se iniciaram em 2022 e que se estenderão durante o ano de 2024. De acordo com o programa apresentado, as festividades arrancam com as tradicionais Marchas Populares de São Pedro na Avenida de Santo António (repetidas no dia 7 de julho no recinto festivo) e, de seguida, estreiam o N1 The Redbeds, onde também atuarão nos dias seguintes a Banda Filarmónica de Porto de Mós e o artista convidado FF (29 de junho), Mara (30 de junho), Cláudia Martins & Minhotos Marotos (1 de julho), Rita Rocha (2 de julho), Quina Barreiros (3 de julho), Mickael Carreira (4 de julho), Jura (5 de julho), Fingertips (6 de julho) e o cabeça de cartaz Rui Veloso (7 de julho). Contudo, convém não esquecer o palco secundário, ainda sem nomes confirmados mas onde, certamente, passarão muitos outros artistas e DJ’s.
Mas nem só com música se vive o São Pedro, pelo que haverá também espaço para as tradicionais tasquinhas (onde estão inscritas 21 associações/organizações) e para atrações como vacadas, perto de uma centena de expositores, atividades equestres, animações de rua, carrosséis e muitas outras novidades: A destacar, nova edição dos Prémios Dom Fuas, a missa em honra de São Pedro seguida de procissão e o Festival da Natação no dia 29 de junho; a sétima edição da mencionada Cozinha de Demonstração – espaço com atividades até ao penúltimo dia e que este ano terá, como novidade, a temática “Cozinhas do Mundo”, onde se espera a participação especial do chef João Carlos Silva (afamado pelo programa televisivo Na Roça com os Tachos) e a chef Sahima Hajat (vencedora da edição Masterchef Portugal 2022); o XXXIII Festival de Folclore, a emissão do Somos Portugal, da TVI, a caminhada Tok´Andar – Rota do Lena, o 10.º Passeio de Ciclomotores e Motociclos Antigos, o 7.º Encontro de Clássicos e o XIII Torneio Futebol Infantil Júlio Viegas no dia 30; a Missa Campal, a Procissão de São Pedro, o Sorteio de São Pedro, a Clássica de Porto de Mós no dia 7 de julho e um espetáculo pirotécnico de encerramento. A par das atividades já calendarizadas, haverá ainda espaço para mais uma edição do Concurso de Melhor Petisco e do Concurso Melhor Decoração – onde o tema é, também, “a Liberdade” -, e ainda para uma exposição na Central das Artes que contará com o contributo de vários artistas oriundos dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa.
Recinto sofre alterações
Também na presente edição, alertou Eduardo Amaral na BTL, o espaço da Festa vai sofrer transformações. «A feira assim o obrigou. Começa a haver pouco espaço para o crescimento que está a ter. E até a Cozinha de Demonstração tem vindo a ter cada vez mais pessoas a assistir, pelo que será também objeto de reformulação», adiantou.
40 anos de Marchas em Livro
Ainda durante a sua intervenção na mesa-redonda, o vice-presidente da Câmara aproveitou para recordar a celebração dos 40 anos de tradição das Marchas de São Pedro. Ao longo de quatro décadas, este património «foi-se construindo mas também perdendo», pelo que está previsto o lançamento de um livro, no primeiro dia do certame, com dados que foram sendo recolhidos e que ficarão, agora, eternizados.
As Festas de São Pedro são organizadas pelo Fundo Social dos Funcionários da Câmara Municipal de Porto de Mós e têm, desde 2023, o selo de Ecoevento.
Fotos | Luís Vieira Cruz e Mauro Matos
