Com receção no Castelo de Porto de Mós, teve lugar no passado dia 29 o XXX Festival de Folclore de São Pedro, este ano com honras de apresentação no palco principal das Festas de São Pedro e em dia de Feriado Municipal.
Com realização no Jardim Municipal durante muitos anos, este festival foi iniciado pelo então Rancho Folclórico da Casa da Povo das Pedreiras, que depois passou a Rancho Folclórico das Pedreiras. Mais tarde, por proposta do Município, este evento passou a ter organização rotativa de um dos agrupamentos folclóricos do concelho, sendo que tanto a organização como o figurino foi alterado recentemente.
Assim, com a alteração de 2018, participam no festival os ranchos folclóricos do concelho, com aquele que organiza a ficar de fora, havendo mais dois grupos convidados.
A realização do XXX Festival de Folclore de São Pedro no recinto das tasquinhas, ou das festas, resulta de “uma luta” de vários anos dos agrupamentos folclóricos do concelho, o que já aconteceu no ano de 2018 num palco secundário, passando em 2019 para o palco principal.
Este ano, a organização do Festival de Folclore de São Pedro coube ao Rancho Folclórico da Sociedade Recreativa da Cabeça Veada, que não dançou mas convidou um grupo de fora. O outro grupo de fora do concelho veio a convite do Rancho Folclórico das Pedreiras que, tal como o Luz dos Candeeiros de Arrimal e o de Mira de Aire, dançou.
À hora marcada iniciou-se o festival propriamente dito, com o Rancho Folclórico das Pedreiras a abrir o desfile de danças e cantares, seguindo-se o Rancho Folclórico de Canidelo, Vila Nova de Gaia, que abriu a sua apresentação com a Rusga do Senhor da Pedra.
O Rancho Folclórico Luz dos Candeeiros, de Arrimal, trouxe à sede do concelho as danças e cantares daquela zona serrana, a que se seguiu o Grupo Etnográfico de Danças e Cantares da Nazaré que a todos entusiasmou, pelas suas danças, cantares e os trajes típicos daquela vila piscatória.
Encerrou o serão o Rancho Folclórico de Mira de Aire, cuja atuação foi bastante aplaudida.
Presentes no Festival de Folclore de São Pedro, além do presidente da Câmara de Porto de Mós, Jorge Vala, Adélio Amaro, presidente da Associação Folclórica da Região de Leiria – Alta Estremadura, e José Vaz, conselheiro técnico da Federação do Folclore Português.
Baile Folk
Depois do festival de folclore, uma oficina de dança do Baile Folk tomou as rédeas do serão, com o grupo Aire em palco e muitas pessoas no recinto a formar a roda para executar as danças locais e regionais, ao som da música adaptada por aquele grupo.
O Baile Folk vem no seguimento do que tem acontecido pelo concelho, no âmbito do projeto-piloto de Salvaguarda de Danças Tradicionais e Populares Portuguesas, da responsabilidade da Câmara Municipal de Porto de Mós, em parceria com o Instituto Politécnico de Leiria e com os Ranchos Folclóricos do concelho, e ainda com o apoio da Federação do Folclore Português e Associação Folclórica da Região de Leiria – Alta Estremadura.
Assim, no recinto das festas elementos dos grupos folclóricos participantes no festival e outros que se lhes juntaram executaram algumas danças de modas conhecidas dos nossos ranchos folclóricos.
Segundo Ana Rita Leitão, da Federação do Folclore Português, o evento «correu muito bem», apesar de «não estarem muitos elementos dos ranchos do concelho, por estarem envolvidos nas suas tasquinhas», no entanto «estavam elementos de outros grupos de fora e, também muitas pessoas que têm acompanhado os bailes folk que se foram realizando, além de muitos transeuntes que vieram à festa e aproveitaram para dar um pezinho de dança».
A responsável, depois de afirmar que a «roda da dança comportou mais de uma centena de bailadores, e muita gente a assistir», explica que se trata de atividades que «têm tido grande sucesso», contudo, adianta que «não tem sido nada fácil, pois são eventos que requerem grande logística».
O projeto de Salvaguarda de Danças Tradicionais e Populares Portuguesas tem como objetivo preservar o estudo das danças tradicionais, primeiro em livro e, mais tarde, a edição de um CD.