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Festival do Galo de Serro Ventoso: o galo continua a cantar, em regime “take-away”

13 Novembro 2020
Jéssica Moás de Sá

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Jéssica Moás de Sá

13 Nov, 2020

Depois de na última edição do Festival do Galo de Serro Ventoso terem estado cerca de 1500 pessoas, durante os dois dias de evento, sentados à mesa no Salão de Festas de São Silvestre, este ano, já sendo o motivo mais do que conhecido por todos, a pandemia de COVID-19, a organização, a cargo da Junta de Freguesia, teve de se adaptar. O regime take-away foi a solução encontrada, ou seja, as pessoas interessadas puderam encomendar o prato pretendido, para depois levantar no salão, «e comer em família», como frisou a O Portomosene o presidente da Junta de Freguesia, Carlos Cordeiro. Vai ser ainda feita entrega ao domicílio, «num raio de 10 quilómetros», para quem também reservou até hoje, quinta-feira, data limite para as encomendas.

Se pedirmos a Carlos Cordeiro para recuar no tempo e para nos falar do momento exato em que nasceu a ideia de criar este festival, o presidente consegue fazer o exercício. «Lembro-me bem, estávamos numa reunião de executivo, na Junta de Freguesia, à noite ,e eu lembrei-me que deveríamos fazer algo que identificasse a freguesia, algo genuíno de cá. Pensámos em várias coisas mas acabámos por nos decidir pelo galo, porque quase todas as pessoas têm três ou quatro galinhas e um galo. Era um meio de sobrevivência que as pessoas tinham e ainda têm», conta. A Junta e o próprio autarca não estão arrependidos: «Acho que fizemos a escolha certa, o galo já nos levou além-fronteiras e em termos de festival gastronómico, a seguir às Tasquinhas de Porto de Mós, se calhar somos o maior festival [do concelho], sentado à mesa. Em cinco anos já obtivemos o nosso lugar bem cimentado», frisa.

A opção de não manter o restaurante

Seriam entre 400 e 500 os lugares sentados, que já tinham obrigado a organização a pensar em toda a logística para montar o restaurante no salão paroquial. As pessoas não vinham apenas do concelho, salienta Carlos Cordeiro, que lembra que a freguesia já recebeu pessoas até do norte do país. A verdade é que nada disso vai ser possível este ano e foi necessário fazer escolhas para conseguir manter vivo o festival, com as regras impostas pela Direção-Geral da Saúde. A opção por não manter o restaurante foi tomada para ter «risco mínimo»: «Nós podíamos manter o restaurante, com muito menos mesas e com a distância necessária, mas eu não queria correr esse risco, acho que nos devemos adaptar às situações. Isto acaba por ter menos risco do que ir a um qualquer restaurante. As pessoas chegam e levam para casa».

Os galos vão ser comprados ao fornecedor espanhol, com quem habitualmente a Junta de Freguesia trabalha, para «garantir a qualidade» de sempre. O número de galos está ainda dependente do número de encomendas, possíveis até ao dia da publicação desta edição de O Portomosense e por isso, informação que não conseguimos precisar. Quanto ao staff necessário, Carlos Cordeiro explica que na cozinha estarão cinco cozinheiras e que o restante pessoal estará nas motas de distribuição ao domicílio, perfazendo um total de cerca de 10 pessoas que vão “pôr de pé” o festival. Este ano vão existir apenas três opções no menu, «para evitar muita confusão» face às condicionantes do regime take-away por encomenda. O festival está a postos, resta escolher: Galo no forno, Galo Bêbedo ou Cabidela de Galo?

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