Nasceu, no passado domingo, o Festival Filarmonias, organizado pela Banda Recreativa Portomosense (BRP). O evento trouxe à vila de Porto de Mós duas outras bandas filarmónicas: a Sociedade Filarmónica Galveense (distrito de Portalegre) e A União de Aldeia João Pires S. R. M. (distrito de Castelo Branco).
Depois de um almoço convívio entre as bandas e respetivas comitivas, as bandas saíram em desfile de três pontos distintos da vila (o Fórum Cultural, o Posto dos CTT e o quartel dos bombeiros), em direção ao Parque Almirante Vítor Trigueiros Crespo, onde foram recebidas por algum público, do qual fazia parte o presidente da Junta de Freguesia de Porto de Mós, Manuel Barroso, e o presidente da Câmara, Jorge Vala. Aí, o presidente do Município dirigiu algumas palavras às bandas, dizendo-lhes que são bem-vindos a Porto de Mós e desejando que se fizesse uma tarde de boa música e diversão.
As filarmónicas uniram-se, depois, numa só e, contra a incerteza da meteorologia, percorreram algumas artérias da vila, em direção ao Cineteatro, onde se realizaria um concerto, com cada uma das bandas a tocar individualmente. Nas cadeiras do anfiteatro, esperavam já algumas pessoas, grupo que se adensou, tendo a plateia cerca de 100 pessoas. Além destas, outras pessoas foram assomado às janelas dos prédios, aquando da passagem da “grande banda”.
Festival pode crescer
Tendo, pela primeira vez, o nome e o cariz mais de “festival”, este encontro de bandas é já tradição na BRP, segundo explicou a O Portomosense, o presidente da associação, Carlos Pascoal: «É um festival relativamente curto, realizado todo num só dia e nem vai ocupar o dia todo. O formato vai um pouco na linha dos anteriores encontros de bandas que já fizemos e que, nos últimos anos, por força da pandemia fomos impossibilitados de fazer. Agora que retomámos, resolvemos dar-lhe um nome mais sonante, até porque, quem sabe, nos próximos anos, podemos conseguir alargar o festival por mais do que um dia e com mais bandas ou grupos», adiantou. Carlos Pascoal disse ainda que esta «é uma forma de mostrar a banda ao exterior», uma vez que a população a conhece mais «das procissões» e desconhece «a atividade completa, nomeadamente que a banda também toca música ligeira, música popular, claro que com arranjos e adaptações» e não apenas a música religiosa que as pessoas estão habituadas a ouvir. No fundo, a intenção do festival era «um pouco essa: tentar mostrar mais às pessoas o que são as bandas filarmónicas», sublinhou.
Foto | Catarina Correia Martins