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Festival Teatro de Rua despede-se mas a Liberdade perdura

14 Agosto 2024
Juliana Santos

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Juliana Santos

14 Ago, 2024

A nona edição do Festival Teatro de Rua, que visa capacitar os grupos de teatro locais e criar acessibilidade na Cultura, encerrou no dia 4 de agosto com um «balanço positivo», segundo Frédéric da Cruz Pires, diretor da companhia de teatro Leirena, de Leiria, e diretor artístico do Festival. «Os objetivos foram totalmente atingidos e o feedback que o público deu foi bastante positivo. Este ano não recebemos um aumento de público, só mesmo no último fim de semana em agosto. Se calhar, devido às festas que estão a acontecer no concelho e até mesmo às férias. Mas nos dois primeiros fins de semana estivemos quase a atingir as 500 pessoas por noite. É um número bastante positivo», frisa.

Na mais recente edição estiveram também envolvidos «novos encenadores, de diferentes estéticas e linguagens teatrais», tornando possíveis espetáculos sem palavras, físicos, verbais e de intervenção, tendo em conta que o grande tema era a Liberdade, aludindo aos 50 anos do 25 de Abril. Da equipa do Leirena, foram três os encenadores presentes e os restantes foram convidados pela companhia, de forma a que «as pessoas pudessem ver outros tipos de teatro, que não sejam só as comédias».

Sinergia entre grupos poderá aumentar 

Para a próxima edição, os trabalhos de dramaturgia iniciam em dezembro e o tema ainda é desconhecido, mas há já grupos que «estão em contacto entre si». «O grupo Um Par de Cinco (Mira de Aire) já foi convidado pelo grupo d’Os Miúdos da Serra (Alqueidão da Serra), para ir até Alqueidão da Serra. Esta sinergia entre grupos também é bastante positiva e vai haver essas trocas este ano», explica. 

O Festival, que se solidificou com quatro grupos amadores, tem atualmente «sete grupos que amam fazer teatro» e que foram nascendo ao longo das várias edições. «Este Festival é um dos projetos mais queridos e mais importantes que a companhia tem, pelo facto de nós podermos estar próximos das comunidades. É um trabalho que já dura há 10 anos», adianta.

Quanto ao tema deste ano, Frédéric Pires afirma ter sido bastante abrangente, tendo em conta que «Liberdade pode ser muita coisa». «Foi bom ver os vários pensamentos, as várias propostas artísticas e a forma como pegaram o tema», sublinha. E foi mesmo essa abrangência que permitiu aos atores explorar várias emoções humanas, recorrendo a várias expressões artísticas. «É importante chorar, é importante pensar, é importante levar um murro no estômago. Porque a arte também é isso, pôr as pessoas a pensar», conclui.

Fotos | CMPM

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