Fernando José Ferreira Fleming de Oliveira, mais conhecido por Fleming de Oliveira, faleceu, no passado dia 19, aos 79 anos, no Hospital Privado de Gaia. As cerimónias fúnebres realizaram-se dois dias depois na Igreja da Misericórdia, em Alcobaça. O conhecido advogado, historiador e investigador colaborava regularmente com diversos jornais, entre os quais O Portomosense, para onde, há cerca de uma década, escreveu artigos de opinião.
Fleming de Oliveira nasceu no Porto mas foi em Alcobaça onde passou a maior parte da vida e onde trabalhou como advogado, no escritório do sogro. Depois de se ter formado na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, foi para a Guiné prestar serviço militar, tendo indo depois para Bissau, onde começou a exercer a advocacia, como advogado da Câmara Municipal.
Em Alcobaça ocupou vários cargos públicos, entre os quais o de vice-presidente da Câmara e o de presidente da Assembleia Municipal, além de ter sido deputado municipal. Fleming de Oliveira foi ainda fundador e autor dos estatutos de algumas entidades do concelho de Alcobaça e fundador do PSD no mesmo concelho e no distrito de Leiria. Do extenso currículo consta ainda a experiência como deputado à Assembleia da República, tendo sido também subdelegado do procurador da República no Tribunal Cível do Porto e delegado do procurador da República nas comarcas de Vila Franca do Campo, Cinfães e Arraiolos.
Além dos cargos públicos que ocupou e da dedicação à advocacia, Fleming de Oliveira era um investigador e interessado na história local. A ele, deve-se a publicação de dezenas obras, sobretudo sobre a região de Alcobaça. A mais recente – A Grei e a Terra – Dicionário Histórico e Biográfico dos Tempos de Brasa (1974 -1975) – foi apresentada no passado mês de março e havia de ser a sua última obra publicada. Além dos vários livros publicados, Fleming de Oliveira organizada e participava palestras e conferências sobre temas históricos, além de intervir em congressos de índole internacional.
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