À semelhança do que sucedeu um pouco por todo o país, sobretudo nas Áreas Metropolitanas de Lisboa e do Porto, também a freguesia de Porto de Mós não quis deixar escapar a oportunidade de festejar os Santos Populares com a realização de arraiais em dois fins de semana consecutivos. Primeiro celebrou o Santo António, no fim de semana de 15 e 16 de junho, e depois o São João, no fim de semana seguinte (dias 22 e 23 de junho). A organização coube à Junta de Freguesia local e ambas as iniciativas eram gratuitas.
Desfile infantil em destaque
O fim de semana de Santo António ficou marcado pelo desfile infantil das Marchas Populares que decorreu ao longo da Avenida que partilha do mesmo nome do Santo Padroeiro. A iniciativa realizou-se no sábado e arrancou pouco depois das 20h30. A estreia do desfile coube às turmas 6 e 8 do Centro Escolar de Porto de Mós que mostraram a sua Marcha das Borboletas. Seguiram-se as crianças da Escola Básica do 1.º Ciclo da Fonte do Oleiro e do Jardim de Infância da Fonte do Oleiro que mostraram a sua marcha Terra de Sonhos e de Encanto. O desfile encerrou com a Marcha do Centro Escolar que, como o próprio nome faz antever, foi dinamizada pelos alunos do Centro Escolar de Porto de Mós.
Para o presidente da Junta de Freguesia de Porto de Mós, Manuel Barroso, o desfile infantil das Marchas Populares foi uma das atividades mais importantes do fim de semana e que, considera, levou «muita alegria» à Avenida de Santo António. «Foram muito bem trabalhadas. […] Estou de “peito cheio” porque consegui fazer uma coisa bonita», sublinha. Para o autarca, a realização de um desfile onde, contrariamente ao que estamos habituados, são as crianças as figuras principais, torna-se especial, na medida em que existe a esperança de que um dia as crianças de hoje possam ser os adultos que “amanhã” veremos em outros desfiles: «Daqueles 100 garotos, meninos e meninas, que lá estavam, se calhar haverá cinco que, daqui a 30 ou 40 anos, vão dar continuidade àquilo que nós mostrámos na Avenida», considera. «Se tivermos outra gente para depois de semearmos poderemos colher… Já não será no nosso tempo, nomeadamente no meu, mas fica a memória sempre. Temos que construir o mundo assim para o futuro», defende. Segundo o autarca esta iniciativa foi também uma das que reuniu maior consenso: «Tenho tido muitos elogios, nomeadamente dos pais, nem precisava, pois o que vi naquele dia para mim encheu-me o peito de ar».
Como não podia deixar de ser, houve missa em honra de Santo António que se realizou na capela do Morro de Santo António, seguindo-se a tradicional procissão. Além de animação musical, os fregueses puderam contar com a porco no espeto, bifanas, sardinhas, crepes, coscorões e licores.
São João com muita sardinha
Quem tivesse passado junto ao Largo de São João, no passado dia 23, dificilmente conseguiria não detetar o cheiro que emanava junto à Igreja de São João. Era cheiro a sardinha assada, uma das iguarias mais apreciadas por esta altura. Nesse final de tarde, houve sardinhada, uma das muitas atividades que fez parte dos festejos de São João, e que não podia ter feito mais furor: 180 quilos mais precisamente, como revelou já ao final da noite, o pároco da paróquia de Porto de Mós, José Alves, nas suas redes sociais. À sardinhada, e como é hábito neste tipo de eventos, juntou-se o tradicional coscorão e outros petiscos.
Ainda durante esse fim de semana, decorreu a missa em honra de São João Baptista, houve tempo para animação musical e ainda Arruada com a Orquestra Ligeira da Cela.
Com Luís Vieira Cruz
Fotos | JF Porto de Mós
