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Hoje, “Porto de Mós é mais um no todo”

4 Novembro 2022
Catarina Correia Martins

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Catarina Correia Martins

4 Nov, 2022

Pedido um balanço geral a Jorge Vala, presidente da Câmara de Porto de Mós, o autarca não dissocia os seus dois mandatos e refere que governou em «duas circunstâncias em que nunca nenhum autarca viveu: a COVID-19 e a questão da guerra», frisa. «Eu, que gosto tanto de planeamento, de gerir com método e alinhado com os compromissos, sinto que este ano foi muito pior do que o da pandemia, porque tivemos que nos desalinhar dos compromissos, até de pequenos compromissos, para fazer face ao pagamento da eletricidade e dos combustíveis», refere. Jorge Vala frisa que «é preciso que todos os autarcas sejam muito resilientes e, sobretudo, determinados em não desistir»: «Temos que ser resilientes para poder continuar a lutar pelas melhores condições para a nossa população e é isso que tenho feito», sublinha. «Em Porto de Mós, continuamos a lutar por causas pouco visíveis, como é o saneamento básico e a melhoria das condições do abastecimento de água», afirma, considerando que, hoje, «Porto de Mós é mais um no todo, porque de há cinco anos para trás, Porto de Mós era só mais um e não mais um no todo»: «Era um concelho muito cinzento e, hoje, somos respeitados de forma diferente, estamos a desenvolver coisas que vão ao encontro das necessidades das pessoas e que são um exemplo para o país», como é o caso do «Plano de Saúde, sobre o qual tenho sido muito consultado por outros colegas [autarcas]», exemplifica. Jorge Vala aponta também a «tentativa de avançar com o geoparque» e a «expectativa de termos um aeroporto em Santarém, [com o qual], com certeza, vamos ganhar muito. Vamos ser um dos concelhos-âncora, estamos num raio de 30 quilómetros. Mira de Aire, sobretudo, será uma vila que vai ter um potencial de expansão brutal», afirma.

O presidente da Câmara salienta ainda as obras na Escola Secundária de Porto de Mós, cujo projeto já está «em curso», «que vai acomodar os alunos da Oliveira Perpétua». «A escola preparatória passará para património do Município e será transformada no Centro Tecnológico em Recursos Minerais, vamos ter cá a investigação, a Academia e parece-me que será mais um passo no sentido de afirmar Porto de Mós. Trazer a Academia é trazer uma nova dinâmica», conclui.

A crítica à oposição

Jorge Vala refere que, apesar de no anterior mandato não ter tido maioria absoluta, não teve «problemas de maior». «Sou, por natureza, um conciliador, gosto de encontrar soluções, gosto de procurar a melhor proposta para que não haja objeções, mas gosto de fazer as coisas, não gosto de as adiar. Quando tenho a porta aberta para fazer, não vou adiar», explica.

«Não quero tecer considerações às posições da oposição, eles saberão porque é que as tomam, aliás, algumas delas nem sequer são justificadas, vota-se contra e não há justificação», diz, acrescentando porém que os votos contra «fazem diferença, naturalmente»: «Estando a governar, sinto-me muito mais confortável com posições de unanimidade, sabendo que existem três vereadores que são da oposição e que concordam, não só com a estratégia, mas também com os assuntos que vão a reunião de Câmara», explica. «Nalgumas circunstâncias, não existe esse entendimento, mas é natural que não exista. Fico é um pouco desiludido com o facto de a oposição, nestes cinco anos, pouco ter contribuído com ideias ou projetos que possam acrescentar àquilo que temos feito», diz, rematando que «fazer oposição não é só dizer mal, não é só encontrar as coisas más».

Foto | Jéssica Silva

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