“Pede-se há anos um hotel capaz de albergar aqueles que por Porto de Mós queiram ficar”
Surge em destaque na presente edição d’O Portomosense o novo atraso na construção daquele que há já duas décadas é conhecido como “o hotel de Porto de Mós”. Este edifício, pensado para acolher os seus primeiros hóspedes pela altura do Euro2004, deu sempre mais dores de cabeça que, propriamente, noites bem dormidas. Ao longo dos últimos 20 anos trocou de mãos múltiplas vezes e até chegou mesmo a vir abaixo, mas agora quem passa pelas imediações dificilmente deixa escapar do olhar aquela fénix renascida das cinzas e dos escombros.
Não pretendo, com esta dissertação, “bater” na infraestrutura, na empresa que explora a obra nem, muito menos, em quem dá o corpo ao manifesto para fazer com que as portas abram o mais depressa possível. Quero apenas ressaltar a importância que esta estrutura, e outras que tais, podem ter para o futuro da nossa belíssima região.
Quantas vezes já lhe perguntaram onde comer bem por Porto de Mós? Muitas, acredito. E também suponho que a resposta não tardou muito a surgir-lhe. À cabeça vêm-nos sempre dois ou três pares de nomes de casas de referência aqui na zona, aquelas casas onde todos sabemos que ninguém de lá sai sem vontade de voltar. E se lhe perguntarem o que visitar? Também julgo que não encontre grandes obstáculos na hora da resposta. Estamos numa zona privilegiada e aquilo que não falta são lugares de interesse prontinhos a ser descobertos por quem por cá passa. Agora, quando me instam a sugerir sítios para pernoitar, exclamo mea culpa! Sinto que os dedos de uma mão são até mais do que suficientes para enumerar “todos” os dois ou três nomes que me de repente mas que até temo vociferar sem confirmar primeiro se, por acaso, ainda se encontram em pleno funcionamento.
Há muito que um grande hotel faz falta por estas bandas – sobretudo na vila. Pede-se há anos e anos um hotel que seja capaz de albergar aqueles que por Porto de Mós queiram ficar. Afinal de contas, este é um excelente ponto de ancoragem para quem vem ver a nossa região e quer ficar “a meio caminho” com o intuito de dar um salto aos ex-libris dos concelhos limítrofes.
Ergam-se hotéis, criem-se empregos e aposte-se no turismo. 85 quartos parecem-me, honestamente, um bom ponto de partida para que seja possível dar vida a uma região que tem tanto para oferecer a todos os que a queiram visitar. Conclua-se a obra!