O Instituto Educativo do Juncal (IEJ) «iniciou este ano um projeto de intercâmbio com os países da CPLP» através do Clube Europeu (que tem como responsável o professor Nuno Agostinho) da escola e que promove um «intercâmbio cultural e científico entre os alunos de Portugal, Timor-Leste, Moçambique e Cabo Verde», informou o instituto. «Ao todo, 500 alunos com idades compreendidas entre os 12 e 18 anos irão ser chamados a observar e refletir sobre os problemas locais e globais, a fim de os compreender e agir no sentido de inventariar soluções», pode ler-se no comunicado do IEJ. O projeto arrancou formalmente no dia 6 de outubro: «Cerca de 200 alunos de duas escolas, o Colégio Santo Inácio de Loiola, em Timor-Leste, e o Instituto Educativo do Juncal tiveram a oportunidade de apresentar, por meio de videoconferência, as suas respetivas escolas e dar a conhecer os seus países».
Esta «partilha formal e informal, num ambiente digital, ofereceu aos alunos a oportunidade de uma experiência concreta, contextual e significativa, através da qual eles lograram levantar as suas próprias questões e construir os seus próprios modelos, conceitos e estratégias». Segundo a nota, o IEJ ressalva ainda que estes «trabalhos permitiram promover o desenvolvimento de relações culturais entre os países e o enriquecimento e a difusão da língua portuguesa como veículo de cultura, educação, informação e de acesso ao conhecimento científico e tecnológico».
Para avançar com este projeto, houve a «celebração de protocolos com as Instituições parceiras. O Instituto Educativo do Juncal celebrou protocolos com o Colégio Santo Inácio de Loiola, de Timor-Leste, e com a Comissão Nacional da UNESCO de Timor-Leste, no sentido de fortalecer as relações bilaterais e promover ações de cooperação entre os dois países». Citado no comunicado, o secretário executivo da Comissão Nacional Timor-Leste para a UNESCO diz que «com base na capacidade de novas perspetivas de sociabilidade, e porque a nada do que é educativo é alheio a valores sociais, o projeto é uma oportunidade funcional para fomentar o encontro da diversidade cultural e tê-la como princípio para fazer parte da sociedade da informação».
Estes protocolos pretendem ainda «criar uma comunidade virtual lusófona capaz de atualizar esta linguagem pelo reconhecimento dos povos lusófonos e suas construções simbólicas, tornando a navegação digital num porto de chegadas e encontro de povos». Além «dos parceiros já referidos», este projeto incluirá ainda «a Escola Portuguesa de Moçambique, Escola da Praia em Cabo Verde e Universidade de Cabo Verde».
