Inauguradas obras de requalificação da encosta norte do Castelo

3 Outubro 2022

Rita Santos Batista

No início da semana passada, dia 26 de setembro, foram inauguradas as obras de requalificação da encosta norte do Castelo de Porto de Mós, que englobaram a recuperação da fonte «emblemática» do Castelo, a construção do passadiço, que permite a ligação direta ao espaço do Castelo e a criação de uma zona de estacionamento. No total, a intervenção teve um custo de 270 mil euros.

Na cerimónia de inauguração, o presidente de Junta de Freguesia de Porto de Mós, Manuel Barroso, começou por expressar a sua satisfação pelas intervenções feitas e já aprovadas pela população, «que tem vindo a demonstrar o seu agrado». O autarca parabenizou ainda o presidente da Câmara, Jorge Vala, por cumprir com a sua palavra, concretizando a obra que «o Castelo merecia».

A requalificação foi desenvolvida em duas fases. «Numa primeira fase foi recuperada a Fonte do Castelo», que «estava abandonada, grafitada e invisível com tantas silvas, e ninguém lhe dava importância», avançou Jorge Vala. Inicialmente seria a única obra a realizar, no entanto e «e em conversa com a Direção Regional de Cultura do Centro decidiu-se avançar com a restante reabilitação do espaço», esclareceu.

fonte do castelo porto de mos | Jornal O Portomosense

Autorizações dadas, seguiu-se para a segunda fase do projeto: «O acesso e a ligação direta ao espaço do Castelo», com a construção dos passadiços, explicou. Jorge Vala considera esta uma obra «muito importante, por dignificar o património edificado, promovendo a sua conservação» e dando ainda a conhecer aos visitantes «a possibilidade de aceder a toda a História, não apenas do Castelo, mas de toda a sua envolvência», sublinhou. «Reabilitação» é uma das palavras de ordem «do nosso diário», reforçou o presidente que acrescenta ainda não fazer sentido «construírem-se novas obras e ter património completamente degradado e devoluto». Assim, passado um ano a promessa feita pelo autarca foi cumprida e a obra da encosta norte do castelo está concluída e pronta a ser visitada.

No final da cerimónia, O Portomosense esteve à conversa com os arquitetos responsáveis pelo projeto, Hugo Alves e Rita Matias, que explicaram o que foi feito naquele espaço, que, com a intervenção, «passa a ficar mais ligado ao centro da vila». O arquiteto aponta que o objetivo principal «foi valorizar aquilo que existia e que estava completamente negligenciado». Isso mesmo acabou por acontecer com a Fonte do Castelo. Ao quererem substituir as lajes de betão que ladeavam a fonte, perceberam que, por baixo, existia o pavimento original que foi, assim, mantido.

Os arquitetos procuraram soluções que «permitissem uma acessibilidade segura e de acordo com a legislação em vigor», promovendo ainda o «passeio ao longo de um percurso de contemplação marcado pela «mancha de carvalho cerquinho», e pela sinalética que «dá a conhecer os valores patrimoniais e históricos existentes no espaço», avançou. Todo «o trabalho de restauro foi acompanhado por uma equipa de arqueólogos no sentido de preservar, respeitando os materiais e as técnicas originais», referiu Rita Matias.

passadicos castelo de porto de mos | Jornal O Portomosense

Para a população esta obra «tem um valor cultural e histórico, e esta é uma maneira de dar continuidade ao valor emocional e a esse legado cultural que faz parte da História de Porto de Mós e que assim fica acessível a todos», acredita a arquiteta, referindo ainda que com esta intervenção «não existe apenas um percurso e passam a existir vários pontos, agora unidos e mais ligados ao centro da vila», reforçou.

Fotos | Rita Santos Batista

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