Terminou no dia 5, a iniciativa Estado de Exceção – 1385, um espetáculo realizado pelo grupo Leirena Teatro e que foi a primeira ação de Porto de Mós no que diz respeito à participação na rede cultural Aljubarrota 1385, um projeto a que aderiu em conjunto com os Municípios da Batalha e de Alcobaça. Em declarações a O Portomosense, o vereador da Cultura, Eduardo Amaral, faz um balanço «positivo» desta atividade, embora confesse que, por causa da pandemia, havia algum receio e apreensão sobre o sucesso da mesma. «Para nós é extremamente positivo poder dar esta nota de abertura, porque precisávamos de a dar, e acreditar que o futuro será melhor e que continuaremos a ter a nossa vida associativa e cultural como a tínhamos», afirma.
Durante quase um mês, a iniciativa Estado de Exceção – 1385 levou arte e cultura às 10 freguesias do concelho de Porto de Mós. Para Eduardo Amaral, ações como esta são de extrema importância principalmente por relevarem a Batalha que se travou a 14 de agosto de 1385, em São Jorge, e que, defende, por vezes não tem a valorização merecida. «É uma forma de levar as pessoas a pensar sobre o que foi realmente este momento marcante, que foi a Batalha de Aljubarrota, que nunca ninguém valorizou, nem o território onde ela se desenvolveu que é de Porto de Mós, e andamos aqui sempre a perder um bocadinho este espaço para a Batalha», reconhece.
A iniciativa que teve início a 14 de maio, no Largo do Salão de Serro Ventoso e encerrou no dia 5 de junho, no Largo da Igreja de Mira de Aire veio, acredita o vereador, dar um «sinal de esperança» às pessoas. «É importante acreditar que é possível voltarmos a ter uma vida, não uma vida normal, mas voltar a ter aqui um conjunto de iniciativas. Além disso, queremos que as associações continuem a ter a vida que tiveram e também dizer às nossas associações que estamos cá para continuar a ajudar e para continuar a realizar os projetos que temos vindo a desenvolver ao longo destes anos que esta pandemia nos retirou do caminho e que acabaram por ficar um bocado suspensos, mas que queremos retomar», sublinha.
Eduardo Amaral fez ainda questão de realçar o papel das Juntas de Freguesia que ao «garantirem os espaços» e fazerem a «divulgação» contribuíram para a concretização da iniciativa.
A Batalha de Aljubarrota volta a ser lembrada nos próximos meses de julho e agosto, com o regresso do festival Teatro de Rua que contará com a colaboração dos grupos de teatro do concelho.
Com Isidro Bento