Foram assinados, no auditório da Central das Artes, os acordos entre a Segurança Social e as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) com creche dos concelhos de Porto de Mós e Batalha. Estes acordos preveem o alargamento do horário das creches até às 19 horas, iniciando o trabalho às 7 horas. Entre as IPSS de Porto de Mós a candidatar-se a esta mudança estão a Santa Casa da Misericórdia de Porto de Mós, a Associação de Apoio Infantil de Pedreiras e o Centro Paroquial de Assistência do Juncal. Conforme explicou o diretor da Segurança Social do Centro Distrital de Leiria, João Paulo Pedrosa, estes acordos vão ser assinados em vários municípios da região e vão permitir às instituições receberem «uma comparticipação adicional de 900 euros por mês, cerca de 10 mil euros por ano», compensando a «dedicação e esforço» desta carga horária.
Este alargamento do horário surge de uma «vontade e necessidade dos pais» que, devido ao horário dos seus empregos, não têm com quem deixar os filhos até certas horas. «É um serviço extremamente importante que fazem e, por isso, a Segurança Social, o Estado, comparticipa-vos e financia parte das vossas despesas», referiu João Paulo Pedrosa, dirigindo-se aos responsáveis pelas IPSS presentes nesta cerimónia.
O presidente da Câmara de Porto de Mós, Jorge Vala, aproveitou a ocasião para elogiar o trabalho feito pelas instituições. «Sem as IPSS, dificilmente conseguiríamos chegar onde temos chegado, em termos de país. Isso verificou-se durante os últimos dois anos, no tempo de pandemia, em que as IPSS não olharam, inclusive, à sua possível sobrevivência para poderem chegar a toda a gente», frisou. Devido ao papel que têm estas instituições, «é fundamental reforçar a ligação com a Segurança Social», numa altura em que esta pasta está a ser transferida para os Municípios. «Uma parte daquilo que é o serviço da Direção Distrital virá para os Municípios, é um processo muito complexo, estamos a falar de pessoas, sobretudo com menores capacidades», salienta Jorge Vala.
O autarca sublinhou que a Segurança Social, «na pessoa de João Paulo Pedrosa», mas também de «toda a equipa» tem sido um aliado importante nesta transferência. «Tem sido um processo feito com muito cuidado, muito rigor»: «É bom que se diga que neste tempo, desde o início do processo de transferência, quase um ano, foi fundamental que não acelerássemos, que esperássemos e sobretudo que acautelássemos um conjunto vasto de situações», considera.
Foto | Jéssica Moás de Sá
