Dois atletas do concelho participaram no estágio de observação da seleção nacional de futsal masculino de sub-13, o primeiro da história desta seleção, que decorreu em Caminha, Viana do Castelo, durante três dias (de 28 de abril a 1 de maio) – tal como noticiou O Portomosense na edição passada. Alexandre Mateus, do GDR Serro Ventoso, e Martinho Ferreira, da URD Juncalense, fizeram parte da lista de 30 convocados, que incluía jogadores de norte a sul do país, e já de regresso a casa contam detalhes desta experiência que descrevem como proveitosa e enriquecedora, onde realizaram quatro sessões de treino, orientados pelo treinador José Luís Mendes.
Para Alexandre Mateus, de 13 anos, que já joga futsal desde os 5, isto foi a concretização de um sonho, embora assuma que «ter a seleção ao peito é difícil», sobretudo porque se sente o peso da responsabilidade. «Foi [uma experiência] muito boa e bastante divertida. Gostei muito de estar lá, aprendi bastante, conheci novos atletas e outras pessoas que me ensinaram muito», conta. Durante o estágio, o jogador, que assume gostar «bastante» de jogar na ala, mas revela que está a aprender a jogar a pivô, pôde contactar com grandes nomes da modalidade, como Jorge Braz, selecionador nacional, e o guarda-redes Euclides Vaz, conhecido por Bebé, o que, reconhece, o ajudou no aperfeiçoamento da técnica: «Aprendi mais conceitos. Saí de lá com mais experiência, mais empenho e fiquei a gostar mais de futsal». O GDR Serro Ventoso é o seu clube desde sempre, mas admite que já teve convites para jogar noutros locais.
Nesta aventura, Alexandre fez-se acompanhar pelos pais que, assim que souberam da notícia que tinha sido convocado, o quiseram apoiar de perto. «Senti uma emoção do “caneco”, foi muita emoção para pouco tempo», desabafa a mãe, Sidónia, fazendo a alusão à participação do filho, ainda no mês passado, no Torneio Interassociações de Futsal de Sub-13, que teve lugar em Évora. À medida que o estágio ia decorrendo, Alexandre ia partilhando alguma informação com os pais e estes aproveitavam para lhe transmitir alguns conselhos. «Disse-lhe para aproveitar como se fosse o último momento e para saber dar valor aos pais que tem, porque adaptámos o nosso fim de semana para o acompanhar», destaca Sidónia.
Filho de um guarda-redes, também Martinho Ferreira optou por seguir as pisadas do pai e logo aos 5 anos deu os primeiros passos no futsal. Hoje, passados sete anos, conseguiu ser convocado para um estágio da seleção nacional. Com um entusiasmo comedido, a mãe, Mónica, garante que este feito «é um orgulho» para toda a família, apesar de ressalvar que «o mérito é do Martinho». O jovem faz um balanço positivo desta aventura, que espera poder vir a repetir: «Foi uma experiência divertida. Não há nenhuma parte que tenha gostado em particular. Foi tudo muito bom», sublinha.
Com Bruno Fidalgo de Sousa