O presidente da Câmara de Porto de Mós, Jorge Vala, reforçou que o «Município de Porto de Mós tem como prioridade o saneamento básico» para as zonas de Cumeira, Albergaria, Cruz da Légua e Moitalina, ao longo da EN8, e em Mira de Aire. O revigorar desta intenção foi feito em reunião de Câmara, depois de uma questão lançada pelo vereador da oposição socialista, Rui Marto: «Constava no programa eleitoral do presidente da Câmara e da sua equipa, a construção de uma ciclovia entre São Jorge e Porto de Mós, já há alguma coisa prevista?», questionou.
Apesar de Jorge Vala revelar que já existem projetos para «várias ciclovias» no concelho, o presidente da Câmara frisou que, dado os custos destes projetos, a vinda de fundos comunitários, necessários para qualquer uma destas empreitadas, «será prioritária para o saneamento». «Há algumas ciclovias que estão definidas, tem projeto feito a [ciclovia] que ligará Porto de Mós a Fonte dos Marcos e a que ligará Alcaria e Alvados, está definida com projeto, ou pelo menos estudo, a ciclovia entre Porto de Mós e Ribeira de Cima pela Rua da Boavista e estão definidas, mas sem projeto, as ciclovias entre Mendiga e Arrimal e de São Jorge para a Zona Industrial», esclareceu Jorge Vala, respondendo diretamente a Rui Marto. «Reunimos com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e estamos a definir em Comunidade Intermunicipal [da Região de Leiria] os critérios para mapeamento de fundos comunitários para o próximo quadro», adiantou o autarca. A «ecopista de Alcaria para Alvados ascende a cerca de um milhão de euros, a de Porto de Mós até à Fonte dos Marcos, segundo a última avaliação, era de cerca de 500 mil euros, portanto são valores muito significativos e como temos que fazer opções, não pode ser tudo feito com a tesouraria do Município, ainda por cima com esta
escalada de preços de energia. Iremos tentar ao máximo que entrem nas candidaturas a fundos comunitários», salienta o presidente.
Foi neste encadeamento que Jorge Vala defendeu a importância dos fundos comunitários para o saneamento: «O saneamento não é tão vistoso, para algumas populações é uma chatice, mas temos que o fazer», reitera. No caso de Mira de Aire, exigirá um esforço superior, diz. «Continuamos a fazer uma insistência muito forte junto do Ministério do Ambiente, até com estudos que nos foram entregues por diversas entidades, para concluir o saneamento em Mira de Aire, é uma obra muito onerosa, complexa, para a qual existe um projeto que tem de ser revisto, mas nós não abdicamos de dar seguimento», sublinha. O presidente conclui dizendo que «se Porto de Mós está na moda para se viver, para instalar as empresas, se é agradável viver cá, tem que se criar condições para as pessoas cá estarem».
Foto | Jéssica Moás de Sá