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Lagoa com (e cheia de) Vida

27 Junho 2022
Jéssica Moás de Sá

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Jéssica Moás de Sá

27 Jun, 2022

A Lagoa Grande do Arrimal e a sua envolvente voltaram a encher – e de que maneira – para mais uma edição (e regresso três anos depois) do festival Lagoa Com Vida. Foram três dias de evento, com tasquinhas, música, artesanato, o cantinho dos animais, canoagem e com o ponto alto, o Festival de Folclore da Lagoa Grande. A quantidade de público que se juntou «excedeu as expectativas» do presidente da União de Freguesias de Arrimal e Mendiga, Francisco Batista: «Passou mesmo muita, muita gente pelo evento, principalmente no sábado (18) na caminhada noturna, [que] quando terminou não cabia mais ninguém no recinto», frisou. Apesar de ter existido períodos de chuva ao longo do fim de semana, o autarca acredita que isso «não prejudicou em nada» a iniciativa.

Para o sucesso desta edição, Francisco Batista acredita que contribuíram dois fatores: «O local e as saudades». «É um local muito aprazível para as pessoas estarem e sentirem-se bem e todos já tinham saudades de estar juntos», frisa. Em termos económicos, ainda não foram feitas as contas finais, mas Francisco Batista acredita que este pode ter sido um pequeno “balão de oxigénio” para as associações presentes, nomeadamente nas tasquinhas (entre elas o Centro Cultural, Recreativo e Desportivo de Arrimal; Associação Recreativa Cultural e Desportiva de Mendiga; o Rancho Folclórico da Sociedade Recreativa de Cabeça Veada; o Rancho Folclórico Luz dos Candeeiros – Arrimal e a Associação Serra de Aire – Tempos Livres Cultura e Desporto). «Para dar um exemplo, tivemos que ir buscar mais cerveja por duas vezes porque não tínhamos stock suficiente», conta o presidente, referindo novamente a grande adesão ao festival.

Festival de Folclore foi um desafio… mas superado

Em 2020, era a vez do Rancho Folclórico da Sociedade Recreativa da Cabeça Veada organizar mais uma edição do Festival de Folclore da Lagoa Grande, mas a pandemia impediu que tal acontecesse. Três anos depois, retomaram o trabalho que, desta vez, foi levado até ao palco. O presidente deste rancho, Manuel Nazaré, confessa que foi difícil juntar os ranchos nesta fase, uma vez que muitos ainda estão a “conta gotas” a voltar a ensaiar e a tentar captar novamente as pessoas: «Foi difícil mas “quem corre por gosto, não cansa” e se não se dança com oito, dança-se com seis», frisa. O importante, afirma o presidente, foi chegar a este compromisso com os ranchos, percebendo «que a vida não está como era antes da pandemia» e muitos grupos têm hoje menos pessoas. Também Francisco Batista refere isso mesmo: «Nota-se que tem sido muito difícil os ranchos reunirem as pessoas, quando se fez o Festival de Folclore aqui no Arrimal, fui aos primeiros ensaios onde havia muito poucas pessoas, mas aos poucos, as coisas melhoram».

Do Festival de Folclore da Lagoa Grande fizeram parte os seguintes ranchos: Rancho Folclórico da Sociedade Recreativa da Cabeça Veada; Rancho Folclórico de Golpilhares (Vila Nova de Gaia); Rancho Folclórico de Mortágua; Rancho Folclórico da Ribeira de Santarém e Rancho Folclórico Luz dos Candeeiros do Arrimal. Habitualmente este festival é composto por seis grupos, mas a organização optou apenas por cinco por existirem grupos que não puderam vir por não terem membros suficientes. Para o ano, como manda a tradição, será o outro rancho da freguesia a organizar este festival, ou seja, o Rancho Folclórico Luz dos Candeeiros do Arrimal.

Manuel Nazaré admite que «não esperava ter tanta gente» a assistir mas, tal como o presidente de Junta, acredita que as pessoas «já tinham saudades, já não se viam há muito tempo, já não dançavam e, aqui, dançou-se a cantou-se». «Eu vi lá pessoas que já não via há três ou quatro anos e que vieram à lagoa e estiveram na festa», sublinha.

O próximo grande evento para os ranchos do concelho acontece já no próximo sábado, no primeiro dia das Festas de São Pedro, o XXXI Festival de Folclore de São Pedro. Para este festival está reservado o palco principal das Festas, o que nem sempre foi assim. Esta foi uma luta de Manuel Nazaré durante algum tempo: «Se viesse um artista de qualquer lado tinha o palco principal e os grupos do concelho não, isso foi conseguido e acho que vai correr bem», revela.

Fotos | Jéssica Moás de Sá

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