Muita música, arte e animação. Lugares históricos do concelho de Porto de Mós vão receber, entre 28 e 29 de agosto, a primeira edição do festival ARTes, que pretende «contribuir para a ajuda do setor cultural, para os artistas e técnicos, continuando a proporcionar cultura de forma gratuita às populações». Este foi o mote inicial que originou o evento, disse ao nosso jornal Eduardo Jordão, CEO da Seiva Bruta, que produz o ARTes.
A programação multidisciplinar tem o seu ponto de partida no próximo dia 28, sábado, «apresentando dois workshops, um destinado a desenho criativo e outro a fotografia em espetáculo, em que o ponto de encontro será partir do Castelo». Para os amantes de teatro de improviso humorístico, segue-se um «espetáculo com o coletivo de humoristas Ovo Mau», e já à noite a Seiva Bruta finaliza na Praça da República «com um concerto dedicado ao fado». «No sábado temos uma primeira parte de música portuguesa um pouco mais alternativa e finalizamos a noite com o fadista Francisco Sobral», adianta Eduardo Jordão, acrescentando que, no domingo, o ARTes termina com o fadista Telmo Pires. «Ambos são fadistas de excelência, acreditamos que vão levar o público ao rubro», afirma o CEO da empresa.
A par do território de Porto de Mós, o festival estreia-se também em Ourém, dias 4 e 5 de setembro, onde pontos de referência do concelho receberão igualmente um vasto programa de cultura. «O que procuramos também é esta intermunicipalidade e interpatrimonial, conseguirmos criar uma rede consistente de municípios, de autarcas, de vereadores da cultura com esta visão», explica o responsável, mencionando o propósito de esta ser «uma proposta que quer crescer nos próximos anos até formar uma rede alargada de cidades e vilas com relevância histórica». «Penso que isto pode ser a primeira semente de um evento que abrange um território muito rico em património que é toda esta região Centro, no sentido de desenvolvermos os territórios, a população a partir da arte e da cultura», explica.
Eduardo Jordão não tem dúvida do valor e importância que eventos desta natureza significam, nos tempos atuais de pandemia, para a comunidade: «Qualquer evento neste momento é uma lufada de ar fresco, porque já todos percebemos, finalmente, que a cultura é algo fundamental na vida e que sem ela somos todos mais pobres de espírito e socialmente», alerta, salientando ainda outro ponto essencial: «A interajuda que devemos ter com todos os profissionais do setor da cultura que têm passado dificuldades acrescidas desde há um ano para cá, e qualquer evento que aconteça é, assim, uma bolha de oxigénio».
Os espetáculos são abertos ao público mediante a lotação dos espaços, de acordo com as normas de segurança da Direção Geral da Saúde. A reserva de lugares já está disponível no site oficial da Seiva Bruta.