O projeto para um futuro aeroporto em Santarém, intitulado Magellan 500, foi apresentado ao público esta terça-feira, dia 11 de abril, e, de acordo com o seu fundador, Carlos Brazão, esta é «uma opção com vantagens diferenciadoras relativamente a todos os projetos». O promotor referia-se a «diversos fatores-chave, como a proximidade a Lisboa, o facto de ser um projeto de iniciativa privada, que poupa muito dinheiro aos contribuintes, um projeto de rápida implementação e um projeto escalável para que nunca mais se tenha de voltar a discutir aeroportos». Carlos Brazão refere que esta estrutura aeroportuária, a construir, estaria situado junto ao nó da A1 e ao lado da Linha do Norte, e a ideia é que comece por ser um aeroporto regional com uma única pista, com capacidade para 10 milhões de passageiros por ano, antes de ser alargado para três pistas, que serviriam 100 milhões de passageiros. De referir que os promotores indicam 2029 como o ano em que o aeroporto poderia começar a funcionar naquela região.
Esta opção é defendida, de igual modo, pelos autarcas de Alcanena, Santarém, Torres Novas e Golegã (que inclusive já assinaram um acordo de cooperação intermunicipal sobre o tema), mas a Comissão Técnica Independente, que está neste momento a avaliar as hipóteses, receberá propostas até dia 20 de abril. Algumas, como a opção Alcochete+Portela e Monte Real, em Leiria, foram na semana passada incluídas na lista. Carlos Brazão diz compreender «perfeitamente a entrada de novos projetos», admitindo que, «quanto mais for no espírito de que não se deixou de olhar para nenhuma solução, melhor, mais credível será [a escolha]».
Já a presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, Anabela Freitas, crê não ser «muito cordial, a meio do processo, entrarem novas localizações». No entanto, a também presidente da Câmara Municipal de Tomar acredita que a localização de Santarém é uma mais-valia quando comparada «sobretudo [com] estas duas últimas que surgiram na semana passada».
O facto do programa ser custeado por fundos privados (entre 1 000 e 1 200 milhões de euros) é outra justificação que os 11 presidentes do Médio Tejo utilizam a favor da opção ribatejana.