
Foto: Jéssica Silva
O tempo, instável, não estava propício a grandes atividades ao ar livre mas a verdade é que nem o vento nem a chuva, demoveram as «cerca de 120 pessoas» que quiseram participar no primeiro Desfile de Pais Natal Solidários que decorreu em Porto de Mós no passado dia 15 de dezembro. A causa era nobre e por isso, aos participantes era pedido que levassem um bem alimentar. O evento foi organizado pela Associação Amigos de São Miguel em parceria com a Câmara Municipal de Porto de Mós.
Chegada a hora programada para o arranque da iniciativa, a chuva decidiu aparecer. Os participantes que aguardavam pelo começo do desfile, refugiaram-se na tenda montada na Praça Arménio Marques e a animação começou mesmo ali com o Grupo Musical Bandinha da Moca a dar início ao seu reportório.
Perto das 15 horas, estava tudo a postos para começar o desfile. «Recebi um telefonema de um grupo de motards a dizer que não vinha porque estava a chover mas nós tivemos na expetativa até ao último minuto», referiu em declarações a O Portomosense, Gisela Ferreira, um dos membros da direção da Associação Amigos de São Miguel. A esperança levou a melhor. Quando todos se preparavam para dar início ao desfile, ouvem-se motores de motorizadas antigas. Era o grupo de motards da Fonte do Oleiro, com 13 elementos, que tudo indicava que não ia marcar presença. No final viria a ganhar o prémio para o maior grupo de Pais Natal. Já o prémio de Pai Natal mais original foi arrecadado por Isabel Amaral.
Envolvimento de todos contribuiu para sucesso do evento
Eram miúdos e graúdos, uns vestidos de Pai Natal, outros de Boneco de Neve ou de Duende. Houve até quem se quisesse deslocar numa trotinete. Aqui nem os animais foram esquecidos. A organização do evento incentivou as pessoas a levá-los e por isso, os que marcaram presença foram também vestidos a rigor. Atrás, o barulho ensurcedor e o cheiro a gasolina deixava antever que vinha um grupo composto por motas. Além deste também o Centro Hípico de Alcaria marcou presença com vários cavalos.
«Mediante o tempo que estava, o balanço só pode ser positivo», refere Gisela Ferreira. A opinião dos participantes, garante, é consensual, pois os que teve oportunidade de ouvir disseram que «gostaram muito do convívio». Apesar das condições meteorológicas terem sido um fator que levou a que menos pessoas comparecessem, no seu entender, essa realidade também pode ser justificada com o facto de ter sido o primeiro ano. «Nestas circunstâncias as pessoas vão mais para ver se resulta do que propriamente para participar», confessa.
Finalizado o evento é hora de fazer um inventário. No total foram angariados «103 produtos», entre bens alimentares e outros, que agora serão entregues às conferências de São Vicente de Paulo e outros grupos sócio-caritativos do concelho.