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Manulena levou velas de Mira de Aire à JMJ

27 Agosto 2023
Luís Vieira Cruz

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Luís Vieira Cruz

27 Ago, 2023

“Mais do que um negócio, uma honra”. É desta forma que Pedro Custódio, o diretor-geral, olha para a participação da Manulena na Jornada Mundial da Juventude (JMJ) enquanto fornecedora.

A empresa produtora de velas, difusores e cosmética, sediada em Mira de Aire, foi convidada a elaborar um pack com três pequenas velas perfumadas para integrar o pacote de produtos oficiais da JMJ e, de imediato, o convite foi aceite. «A equipa de merchandising da JMJ contactou-nos e nós desenvolvemos o design em conjunto. Na parte de baixo do pack surge o nome do fabricante e do lado deles não houve nenhum esforço em o esconder, bem pelo contrário», diz o responsável.

O conjunto de velas esteve à venda nas lojas física e online da JMJ, e no El Corte Inglês. Foi também vendido em todas as dioceses do país e numa pesquisa online encontramo-lo, ainda, no “catálogo de pontos” de uma conhecida gasolineira

Pedro Custódio frisa que «mais do que um negócio, tratou-se de uma honra para a Manulena ter sido convidada a fornecer um evento desta envergadura» e aponta duas razões principais para esse “sentir”. «A nossa empresa teve uma origem muito humilde e muito ligada ao culto religioso e a Fátima. Tudo começou, há mais de 50 anos, com o meu pai a ir de bicicleta, a Fátima, vender as velas que ele próprio produzia. Hoje, somos a empresa que somos, mas tudo tem um início e as coisas devem ser valorizadas por isso. Nesse sentido, foi para nós, não um regresso às origens porque ainda hoje fornecemos o Santuário, mas o evocar, com muita honra, dessa nossa ligação original a Fátima e à Igreja Católica», sublinha.

«A segunda razão tem a ver com a envergadura do evento e o sucesso que teve. A JMJ dignificou muito Portugal, o que nos deixa bastante honrados por termos sido um dos seus fornecedores. A nossa satisfação não tem tanto a ver com a questão dos números e do negócio em si, mas da Manulena ter sido convidada a associar-se a esta extraordinária realização», realça.

Da bicicleta ao investimento de milhões

Fundada em 1968 por Manuel Pedro Custódio, a Manulena iniciou a sua atividade com a produção de velas religiosas e de iluminação. Anos depois avançou para as linhas de ambiente e decoração e, recentemente, para a cosmética. O seu principal cliente a nível nacional, é a Sonae [proprietária dos supermercados Continente], para o qual produz as velas que este comercializa em três marcas próprias. Boa parte da sua produção para o estrangeiro destina-se «ao mercado de luxo» tendo entre os seus clientes «algumas das melhores e mais famosas marcas internacionais».

«Fruto de muito trabalho e dedicação estamos a ter um grande desenvolvimento. Como a maioria das empresas já passámos altos e baixos, mas, agora, a consistência e a qualidade do que fazemos estão a ser reconhecidas», diz Pedro Custódio explicando que «no ano passado, a cosmética já faturou cerca de um milhão de euros e este ano está a crescer a 50%». «Estamos a expandir a área da cosmética e vamos
fazer o mesmo com a das velas tendo em curso «investimentos na ordem de um milhão de euros». «Boa parte do que ganhamos, investimos, porque continuamos a acreditar na economia, nas pessoas, na nossa
terra, e na consistência daquilo que fazemos», conclui o empresário.

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