O concelho de Porto de Mós foi um dos 32 a nível nacional que no passado dia 26 de novembro aderiu às celebrações do Dia Mundial da Oliveira com um conjunto de iniciativas dinamizadas em torno desta efeméride e que atraíram à União de Freguesias de Alvados e Alcaria perto de meia centena de pessoas.
Promovido no âmbito do projeto internacional OLIVE4ALL, o evento A Árvore do Ouro Líquido já vai na sua segunda edição e este ano traduziu-se em nada mais nada menos do que 113 iniciativas de norte a sul do país, tendo, para isso, contribuído várias entidades públicas e privadas com um objetivo uno, o de sensibilizar os consumidores para a importância do património oleícola e olivícola. Por cá, uniram esforços a Câmara Municipal, a União de Freguesias de Alvados e Alcaria, a Escola de Alvados, a Associação Vertigem, o lagar Ingrediente Mourisco e a Associação para a Promoção do Olival e Azeite de Aire e Candeeiro (APOAC), que congrega os sete municípios da Associação de Desenvolvimento das Serras de Aire e Candeeiros (ADSAICA).
Em Porto de Mós, o plano de atividades começou cedo. Pouco passava das 9 horas da manhã e já um pequeno grupo de agricultores e curiosos se concentrava à entrada do Centro Interpretativo das Atividades de Natureza (CIAN), no Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, em Alvados. Esta foi, de facto, a localidade escolhida para a comemoração da efeméride, muito por conta da sua grande mancha de olival e ligação umbilical entre a sua população e a oliveira.
A’O Portomosense, que acompanhou todo o plano de atividades desde a sua primeira hora, vários elementos daquele pequeno grupo vespertino disseram estar a celebrar este dia pela primeira vez e congratularam-se com a renovação do interesse da sociedade civil na sua área de atividade.
A manhã foi dividida em vários momentos. Num primeiro, tomaram da palavra, de forma a contextualizar a ação, o vice-presidente da Câmara, vereador do Ambiente e presidente da ADSAICA, Eduardo Amaral; a presidente da Junta local, Sandra Martins; o presidente da Associação Vertigem, Rui Cordeiro; e ainda o proprietário do lagar Ingrediente Mourisco, António Pedroso. Seguiu-se uma atividade pedagógica que envolveu os alunos do Jardim de Infância de Alvados, sobre educação ambiental, ao mesmo tempo que o restante grupo partiu em direção aos campos de olival que circundam o CIAN. Neste passeio liderado por António Pedroso, viu-se e falou-se de tudo um pouco. Várias foram as paragens para observar olivais, desde “jovens” a “adultos” e até abandonados. A palavra “partilha” esteve sempre na ordem do dia e várias foram as trocas de impressões sobre métodos de plantio, colheita ou manutenção. Findo o percurso, a comitiva, cujas fileiras engrossavam à medida que o tempo passava, parou ainda para observar oliveiras que terão, certamente, centenas de anos, mas que estão já em vias de avaliação por investigadores universitários para que se tire “a prova dos nove”. Serão estas, afinal, árvores milenares?
A última etapa teve lugar no lagar Ingrediente Mourisco, e começou com uma sentida homenagem a Vítor Barros, sócio-fundador do lagar de Alvados. Seguiu-se, conforme previsto, uma prova de azeites orientada pelo engenheiro Nuno Melo.
Foto | Luís Vieira Cruz
