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Máscara ecológica tem origem em Porto de Mós

6 Janeiro 2021
Catarina Correia Martins

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Catarina Correia Martins

6 Jan, 2021

A Lismolde, uma das empresas sediadas na Zona Industrial de Porto de Mós (ZI), criou uma máscara de proteção ecológica e muito diferente daquelas que estamos habituados a ver. André Alexandre, responsável financeiro e um dos mentores do projeto, explicou a O Portomosense que este equipamento se «enquadra na gama das máscaras sociais», mas que foi desenvolvido «tendo como base os equipamentos de proteção individual profissionais», como por exemplo as FFP2, «que têm um nível de proteção superior mas que são utilizados em contextos completamente diferentes daqueles para que esta foi concebida». A máscara é composta «por uma estrutura principal em borracha, que foi testada e aprovada, e permite uma troca de filtros por um número ilimitado de vezes, quando utilizada corretamente», explica. «É uma máscara bastante mais ecológica, porque o consumo em termos de elemento filtrante corresponde a um quarto de uma máscara normal, ou seja, por cada filtro que mandamos fora, é como se tivéssemos mandado apenas um quarto de uma máscara, uma redução brutal no impacto ambiental», realça André Alexandre.

Quer no site da empresa, quer nos parceiros revendedores, cada máscara é vendida em conjunto com 15 filtros, sendo cada um deles lavável 10 vezes, o que significa que, cada uma das caixas, corresponde a 150 utilizações, «o que acaba por torná-la, além de ecológica, também mais económica», frisa. A borracha que compõe a estrutura principal da máscara é «lavável e perfeitamente desinfetável», sem que perca «características, resistência ou condições para cumprir a sua função», pelo que André Alexandre acredita que este equipamento «durará certamente umas largas centenas de utilizações, sendo apenas e só necessário trocar o filtro». O responsável financeiro ressalva, no entanto, que «existem outros componentes, como o elástico, que são acessórios suscetíveis de serem danificados».
Pronto desde meados de maio, o produto passou por um longo processo de certificação, que ficou concluído apenas no final de setembro, começando a ser comercializado no início de outubro. Desde então, André Alexandre afirma que têm «vendido máscaras todos os dias», acrescentando que há três fatores que as distinguem e que têm «motivado os clientes»: «A questão da troca de filtros é importante, a questão de não embaciar os óculos também e a questão da respirabilidade. É de salientar que a nossa máscara, apesar de ter um aspeto um bocado estranho, quando colocada na cara, permite que as pessoas de facto respirem, porque tem uma respirabilidade muito superior àquilo que são os requisitos», adianta.

«Este projeto foi todo feito em Portugal, e desenvolvido, em termos de produto, totalmente na ZI, foi tudo feito internamente por nós», explica o mentor da ideia. André Alexandre frisa ainda que procuraram, junto de empresas “vizinhas”, perceber como poderiam cooperar e ser parceiros, sendo que «parte do material da máscara é feito na ZI». A Lismolde tentou ainda que o resto dos componentes da máscara pudessem ter origem na região, conseguindo que parte seja feita em Leiria e outra parte na Benedita, no concelho de Alcobaça.

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