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Mediador social em Mira de Aire para tentar acalmar situações de violência

13 Outubro 2022
Jéssica Moás de Sá

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Jéssica Moás de Sá

13 Out, 2022

As sucessivas situações de violência que têm afetado a freguesia de Mira de Aire estão a preocupar tudo e todos, nomeadamente a população que vive em constante «aflição». O alerta para a «necessidade de uma solução» foi dado na Assembleia Municipal, uma vez mais, pelo presidente da Junta de Freguesia de Mira de Aire, Alcides Oliveira, que disse falar «em nome da população de Mira de Aire e em especial dos residentes na Rua e Beco das Flores e moradores das ruas limítrofes». «A comunidade mirense, especialmente os residentes na zona que mencionei, têm pena que as pessoas que ali residem não se integrem na comunidade e que, em vez de se integrarem, sejam profícuos em arranjar problemas», frisa. «Mira de Aire sempre recebeu bem, aliás, como todo o concelho. Temos comunidades da Ucrânia, Brasil, Índia, Venezuela e todos se integram e trabalham para terem uma vida melhor do que a que tinham no seu país. Por que não são todos assim? Por que é que os que moram naquela zona não trabalham e são, antes, peritos em armar confusão e distúrbios? Por que ameaçam, intimidam, furtam e fazem as necessidades à porta de entrada das casas das pessoas? Por que avançaram para a agressão física?», questiona Alcides Oliveira.

Em resposta, o presidente da Câmara, Jorge Vala, adiantava que ia ser tida uma reunião com a Câmara de Leiria no sentido de encontrar uma solução, reunião que entretanto já aconteceu e onde foi acertada a vinda de um mediador social à freguesia de Mira de Aire. «A reunião que tivemos com a Câmara Municipal de Leiria aconteceu porque esta Câmara tem uma equipa de mediação social, coordenada pelo Serviço Social, neste caso são pessoas de etnia cigana, tal como esta comunidade em Mira de Aire, que vêm falar com estas pessoas no sentido de as sensibilizar para a necessidade de viverem em comunidade», explicou o autarca. Já «há um dia marcado» para a vinda deste mediador, adiantou Jorge Vala. «A nossa preocupação é que está a ser posta em causa a paz social, se fosse uma situação pontual, mas infelizmente não é, é uma situação que passou a recorrente, em que as pessoas estão intimidadas e que têm como alternativa, para se defenderem, deixarem de ir aquela zona. Há pessoas que têm lá património, é inconcebível», salientou. Para já, está marcada apenas uma reunião entre o mediador social e esta comunidade, «para perceber qual é a disponibilidade das pessoas para inverterem este papel», mas se, «eventualmente, a mediação social não avançar, avançarão de certeza absoluta as autoridades», frisou o autarca.

Jorge Vala revelou ainda que a GNR comunicou, à semelhança do que tinha adiantado ao nosso jornal, que irá passar «com mais frequência» nas zonas mais afetadas por estas situações. O presidente disse ainda que a Câmara «não pode despejar estas pessoas porque estão em propriedade privada» e, por isso, «têm que ser os proprietários a tentar, junto do Tribunal, o eventual despejo». No entanto, alerta o autarca, depois surge outro problema: «São despejados e vão para onde? É logo a questão que o tribunal nos vem colocar. Nós depois temos que encontrar soluções».

Com Jéssica Silva

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