Foi por «mero acaso» que o novo comandante do Regimento de Apoio Militar de Emergência (RAME) em Abrantes, Luís Barroso, nasceu em Porto de Mós. Aos 52 anos, chega a um cargo de importância estratégica dentro das Forças Armadas, indigitado pelo Chefe do Estado-Maior do Exército, General José Nunes da Fonseca. A O Portomosense explicou a ligação que tem ao concelho e a importância desta nova função.
«Sou filho de um militar da GNR que estava a prestar serviço em Porto de Mós na altura em que eu nasci e esse é o motivo pelo qual estou ligado a Porto de Mós, nasci na Ribeira de Cima», conta o Coronel da Infantaria. O pai é natural de Montalegre, distrito de Vila Real e a mãe de Mogadouro, distrito de Bragança, terras bem distantes de Porto de Mós. Hoje mantém contacto «apenas com algumas pessoas amigas que moravam na Ribeira de Cima» e que eram vizinhos dos seus pais aquando a sua passagem pelo concelho. Regressou a «Porto de Mós duas ou três vezes» com o pai, vila que considera «muito bonita».
Luís Barroso tem «um quarto de vida» dedicado ao Exército e reconhece que chega agora a uma das funções «mais nobres que um oficial pode ter», um motivo de grande «orgulho», admite. O RAME tem uma função «muito específica dentro do Exército e das Forças Armadas», uma vez que é a «unidade que o Comando das Forças Terrestres tem para executar e coordenar missões no âmbito do apoio militar de emergência», explica o comandante. Ou seja, o RAME «é chamado, quando necessário, a coordenar os meios que estão no terreno em apoio à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC)». Luís Barroso explica que o RAME pode ainda ser «empenhado diretamente em situações de emergência, como força de primeira intervenção, mas a situação normal é sempre em reforço à ANEPC». Além desta função, o Regimento tem ainda «uma missão muito nobre que é ser polo do curso de formação de praças do contingente geral do Exército».
O coronel Luís Barroso era até agora «professor e coordenador científico nos cursos de mestrado de Infantaria, Artilharia e Cavalaria» na Academia Militar. Acumulava ainda funções como professor de Estudos de Guerra e Paz no Instituto Universitário Militar e «por inerência» de ser professor na Academia Militar, era responsável «pelos seminários de Segurança e Defesa no curso de Doutoramento em História, Estudos de Segurança e Defesa», uma parceria entre o Instituto Universitário de Lisboa e a Academia Militar. Desempenhou ainda funções de segundo comandante do Regimento de Infantaria nº1, em Beja.