Na próxima edição, O Portomosense comemora 39 anos ao serviço de Porto de Mós e dos portomosenses. A comemoração começa já hoje e, previsivelmente, irá acabar na própria edição de aniversário. Não vamos ter grandes festas (até porque nem estamos em tempo para isso e essas são mais comuns em datas “redondas”). Aliás, o que está previsto será até bastante discreto mas “nosso”. E por falar em “nosso”, hoje destacamos algo que é genuinamente nosso, uma mais-valia do nosso jornal e da qual nos orgulhamos imenso. Falamos da crónica “Histórias da Minha Burra”, decerto uma das de maior longevidade na imprensa regional do distrito e, estamos em crer, até das mais antigas e de maior duração, no seu género (é bom frisar este pormenor), a nível nacional (isto, claro, daquilo que conhecemos porque apesar da razia que a imprensa regional sofreu nas últimas duas décadas não temos a pretensão de conhecer todos os títulos que ainda resistem e os conteúdos de cada uma).
Pois é, hoje temos a Burra Miquelina em dose dupla e num registo diferente do habitual…ou quase. Em véspera de aniversário fomos tentar conhecer o lado menos conhecido da nossa Miquelina e para o podermos fazer em toda a sua plenitude falámos não só com a famosa burra mas também com o homem que a criou e que, quinzenalmente, lhe dá vida, para gáudio dos seus inúmeros admiradores.
As conversas, embora em registos distintos complementam-se, portanto, meus caros, se quiserem conhecer a Miquelina como nunca a conheceram, terão de ler as duas. Trata-se de um trabalho a seis mãos, aliás, em boa verdade quase se pode dizer que é a quatro porque os contributos principais vieram da Jéssica Moás de Sá e da Jéssica Silva, eu dei a cara e acrescentei algum “background” como agora se diz (e que a Miquelina facilmente traduziria por um «tás velho, pá, e por isso lá deste uma ajuda com aquilo que sabes da história da Burra e do seu pai…).
A entrevista à Miquelina é feita num registo brincalhão porque brincalhão, irónico e provocatório é também o estilo que o seu criador assume nas suas crónicas. Já a conversa com João Neto assume um registo mais formal mas mesmo assim descontraído dada a pessoa em causa ser pouco virada para formalismos e entrevistado e entrevistador já terem muitos “quilómetros” percorridos juntos nesta casa comum em que agora me cabe, quinzenalmente, lembrar à Miquelina que está na hora de afiar a língua e de soltar mais uma boa parelha de coices nos do costume…
Isidro Bento