Mira de Aire e Minde trocam terra para plantar abacateiros

6 Abril 2021

Catarina Correia Martins

No passado dia 20, o Movimento Mira-Minde teve a sua primeira iniciativa depois de se formalizar como associação. O momento simbólico, que consistiu na plantação de 10 abacateiros, foi a «primeira ação oficial», tendo sido escolhido este dia como aquele em que, a partir de agora, se comemorarão os aniversários do nascimento da associação.

O Portomosense falou com o presidente da direção, Miguel Tristão, que nos explicou no que consistiu a iniciativa. «Achámos que era oportuno marcarmos o início de uma associação que quer alcançar tanta coisa, e como a primavera estava mesmo ali à porta, apontámos a nossa primeira ação para o dia do equinócio, porque é a partir desse dia que o sol começa a ter mais horas do que a escuridão e nós queremos ser um raio de luz, que traga alguma energia positiva para fazer acontecer coisas», explicou. Na prática, foi feita uma plantação em que «cinco mindericos abriram um buraco no seu quintal e meteram a terra num balde e cinco mirenses fizeram a mesma coisa». A terra foi trocada «na linha de fronteira, no rio da Pena do Poio» e os abacateiros plantados em Minde «vão crescer envoltos em terra da Mira e os cinco abacateiros que crescerem na Mira, estão envoltos em terra de Minde». Está assim dado o pontapé de saída daquela que pretende ser uma associação para dinamizar e unir as populações das freguesias de Mira de Aire e de Minde, já no concelho de Alcanena, em torno de objetivos comuns.

Plano anual está traçado

Depois de reunirem em assembleia geral, via internet, através da plataforma Zoom, no passado dia 13, a associação tem já órgãos sociais eleitos e plano de atividades delineado. Além da Assembleia Geral, Conselho Fiscal e Direção, o Movimento Mira-Minde terá também quatro círculos, que serão integrados pelos vários elementos da associação e que têm, cada um deles, dois representantes na direção. Os círculos são Comunicação, Economia, Ambiente e Educação.

O programa para o triénio foi apresentado, ressalvando-se que se pretende que seja «uma ferramenta flexível, passível de ser utilizada e adaptada em função das opções e das realidades das comunidades de Minde e Mira de Aire». Entre as várias ações listadas para acontecerem até 2023 estão o «resgate do caminho de 1866, corredor de abelhas, mapeamento da Mata, valorização das lagoas do Polje», «hortas comunitárias e compostores» e «mercado de proximidade».

Para este ano, Miguel Tristão refere que não foi traçado um «plano muito ambicioso» já que há a «consciência de que é difícil juntar pessoas», por força da situação pandémica que vivemos. Assim, do plano de atividades para 2021 constam os seguintes pontos: «Fazer crescer o número de sócios»; «divulgar a associação e os seus objetivos dentro das comunidades»; «organizar momentos de partilha de sonhos e reflexão, como tertúlias»; «estabelecer parcerias e integrar outras associações, como a ADSAICA, de modo a ter uma palavra a dizer sobre o desenvolvimento territorial»; marcação e abertura de dois caminhos; «concretizar a planificação da recuperação da Cisterna Grande» e «estudar a viabilidade de projetos do banco de ideias e planificar a sua implementação».

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