Mira de Aire quer mais médicos e mais consultas

9 Julho 2024

Isidro Bento

A falta de médicos é queixa recorrente nas sessões da Assembleia Municipal (AM) e esta última, realizada a 21 de junho, não foi exceção. O presidente da Junta de Freguesia de Mira de Aire voltou a trazer ao conhecimento da Câmara e dos restantes elementos da AM o problema, ilustrando-o com a realidade que existia à altura na sua freguesia.

De acordo com o autarca, «no centro de saúde de Mira de Aire», dos três ficheiros que existem «encontram-se atualmente cerca de dois e meio sem médico de família». «O médico que lá trabalhava reformou-se mas voltou ao serviço depois de ter assinado um contrato a meio tempo, estando a assegurar, precisamente, esse meio ficheiro. Depois há uma médica que vai lá quatro vezes por semana, de manhã, e que atende mais ou menos sete pessoas. Temos outra que vai um dia por semana, todo o dia, e atende mais ou menos 12 pessoas», descreveu o autarca, acrescentando que apesar dos três médicos ainda prestarem apoio em situações urgentes que surjam, tudo isto «é necessariamente pouco» para as necessidades da população local.

«Há pessoas que vão para o centro de saúde às cinco da manhã e às seis e mais cedo ainda para conseguirem uma consulta e por vezes não a têm, o que preocupa todos os mirenses e a Junta em particular», disse Alcides Oliveira, questionando o presidente da Câmara se tinha alguma informação que pudesse transmitir à população.

Respondendo à interpelação, o presidente da Câmara, Jorge Vala, começou por dizer que ter «duas médicas a atender, em média, 20 utentes por semana é uma situação» que o preocupa muito mas «é a realidade que, infelizmente, temos».

Jorge Vala disse que tem tido conversas com o presidente da Unidade Local de Saúde da Região de Leiria (ULS) sobre o assunto e que «há médicos que estão a terminar o internato interessados em vir para o concelho de Porto de Mós e em particular para Mira de Aire». Segundo o responsável autárquico há a possibilidade real de um desses médicos vir para o concelho, no entanto, apesar de não lhe terem sido dados prazos, acredita que isso possa acontecer ou ficar resolvido «antes do concurso nacional que será em setembro».

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