A última reunião de câmara pública do município de Porto de Mós viu a aprovação de uma série de aberturas de procedimentos concursais para contratação ou recrutamento – no total, são 18 os lugares a concurso público para trabalhar com o Município, em áreas que vão desde a limpeza de edifícios à assistência operacional para instalações desportivas (ver caixa). No entanto, os quadros do Município não se vão alterar, com todas as entradas a servir «para colmatar saídas» e reformas. Destaca-se a vaga para o cargo de veterinário municipal, «de todos, talvez o procedimento mais urgente, pela necessidade que existe de dar resposta ao Centro de Recolha Oficial de Animais de Companhia de Porto de Mós» – o anterior «estava em mobilidade e pediu para não confirmar a mobilidade» no final do ano de 2023, explica o líder do executivo, Jorge Vala, frisando, perante inquisição da oposição socialista, que «os municípios têm tido muita dificuldade em contratar médicos veterinários». O vereador Rui Marto questionou a maquia elevada do bónus apresentado, ao qual o líder municipal justificou com o facto desta ser uma «profissão que tem resposta e saída com mais facilidade no privado do que vir propriamente para o público», com o «anterior concurso» a não ter tido sequer candidaturas.
A oposição criticou ainda o facto de existirem alguns contratos a tempo determinado («Nós obviamente que queremos pessoas não-precárias», diz Rui Marto). Jorge Vala refutou a afirmação, falando não de precariedade mas de um «tempo de adaptação» dos trabalhadores à função, como, aliás, aconteceu nesta aprovação de processos, passando alguns dos contratos que estavam a tempo determinado para indeterminado.