Foi assinado ontem o protocolo de colaboração do âmbito do Polo Tecnológico em Recursos Minerais da Região Centro entre o Município de Porto de Mós, o Cluster Portugal Mineral Resources, a Associação para a Inovação e Tecnologia em Pedra Natural (AITPN) e a QUERCUS – Associação Nacional de Conservação da Natureza. A cerimónia de assinatura realizou-se no cineteatro de Porto de Mós com a presença do presidente da Câmara, vários membros do executivo, representantes das associações envolvidas e também de empresas do setor dos recursos minerais. Conforme explica o documento assinado por todas as partes, com duração de 12 meses, este protocolo tem como objetivo que todos os envolvidos se comprometam «a dar o seu apoio à concretização do Polo Tecnológico, coordenado pelo Município de Porto de Mós, dado que o mesmo terá a sua sede na área territorial» do concelho.
Marco Lopes, na condição de vereador dos Pelouros da Modernização Administrativa, Informática e Sistemas de Informação, Formação Profissional, Inovação e Empreendedorismo e que foi um dos dinamizadores deste projeto, abriu a sessão. O autarca referiu que com esta cooperação pretende-se «evidenciar a capacidade de dinâmica do setor dos recursos minerais e simultaneamente reforçar a sua competitividade face à era digital», tendo «presente a forte predominância e importância deste setor no tecido socioeconómico da região». Marco Lopes explicou ainda que o Município vai, «em conjunto» com estas entidades «desenhar o modelo a criar, competências a assumir e linhas de ação a implementar neste Polo».
Representando ainda o Município, foi o presidente da Câmara de Porto de Mós, Jorge Vala, que encerrou a sessão. O autarca reforçou que o setor dos recursos minerais é um dos «mais importantes» para o concelho e para a região. «É um enorme privilégio estar à frente dos destinos de um Município onde proliferam empresários dinâmicos, audazes, responsáveis e com invulgar capacidade para procurar as soluções para melhoria da eficácia e eficiência, sendo hoje empresários que procuram sistematicamente conciliar a sustentabilidade ambiental e económica», referiu. Para «continuar a estar entre os melhores», frisou Jorge Vala, é preciso apostar «na investigação e desenvolvimento tecnológico, exige união do setor, espírito aberto e uma forte disponibilidade para lutar juntos e é deste entendimento que surgiu esta parceria». O presidente considerou «marcante» este momento porque o protocolo assinado vai permitir «conciliar o conhecimento científico, o saber académico, a experiência empresarial e colocar os resultados à disposição do setor».
A representar a AITPN esteve Pedro Miguel Gomes Abrunhosa Amaral, também vice-presidente do Instituto Superior Técnico (IST) e Luís Miguel Rosa Goulão Freira, também presidente da ASSIMAGRA – Associação Portuguesa de Mármores e Granitos e Ramos Afins. Luís Manuel Plácido Martins foi o representante da Associação Cluster Portugal Mineral Resources, da qual é presidente do conselho de administração. A QUERCUS não teve forma de se fazer representar e assinará o protocolo posteriormente. Os discursos revelaram unanimidade, sendo salientado por todos que esta parceria é prova de «uma união necessária» no setor. Uma questão também mencionada foi a presença da QUERCUS neste protocolo que mostra «que é possível compatibilizar as atividades relacionadas com o aproveitamento e extração dos recursos minerais e a sua transformação com os princípios básicos do meio ambiente»