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Município assinou memorando que vai “levar” fibra ótica onde (ainda) falta no concelho

8 Agosto 2022
Jéssica Moás de Sá

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Jéssica Moás de Sá

8 Ago, 2022

O Município assinou um memorando de entendimento com a empresa Dstelecom para a implementação de fibra ótica em quatro freguesias do concelho (onde ainda há esta carência): Alqueidão da Serra, Alvados e Alcaria, Serro Ventoso e São Bento. Segundo as estimativas do diretor de canais de retalho e expansões de rede da empresa, Filipe Lopes, tudo aponta para que a fibra ótica esteja em todo o concelho «no prazo máximo de um ano e meio». «Vamos fazer um investimento de 1,370 milhões de euros e vamos cobrir cerca de 2 760 casas, um número arredondado porque a rede que estamos a construir é dimensionada a 110%, prevê 100% dos locais referenciados e 10% de cobertura caso exista um crescimento», revela, acrescentando que esta é uma forma de evitar um problema que a empresa já teve noutros locais. «Fizemos uma cobertura inicial que depois não chegou para o aumento da procura de rede», explicou.

A empresa fará a instalação apenas onde é estritamente necessário: «Temos o princípio de não construir fibra onde já existe de outros operadores, o objetivo é ter uma rede onde todos possam operar», esclarece. A Dstelecom fornece rede a serviços grossistas, ou seja fornece a fibra ótica para que as várias operadoras possam oferecer o seu serviço. O presidente da Câmara, Jorge Vala, considera esta uma vantagem: «Passamos a ter a possibilidade de escolher o operador», frisa.

O autarca recordou um histórico complicado nesta matéria. «A ANACOM fez um levantamento e chegou-se à conclusão que o concelho tinha uma cobertura de 70%, encetámos conversações com operadoras e tivemos resposta da Altice que se comprometeu a fazer uma cobertura de cerca de 90% até ao final de 2021 e concretizou-se», recorda. Ainda assim, há «zonas a descoberto»: «Praticamente toda a freguesia de Alqueidão da Serra, toda a aldeia de Alvados, uma parte de Serro Ventoso, nomeadamente Bezerra, e uma parte de São Bento», explica.

A necessidade de fibra ótica nestas zonas ficou mais notória «na pandemia». «Com o teletrabalho, as crianças e os estudantes universitários que foram para casa, percebemos que não havia capacidade», salienta. «As respostas dos operadores eram poucas ou nenhumas», sublinha. Estes locais sem fibra ótica têm uma «densidade populacional ainda com algum relevo», à qual era «fundamental dar resposta». «Continuamos a ter um concelho a duas velocidades e temos que colocar todos à mesma velocidade, criando igualdade de oportunidades», refere. Esta também é uma forma «de responder a quem quer investir e residir no concelho»: «Se queremos fixar população, temos que ter uma resposta efetiva e de qualidade ao nível da fibra ótica», frisa.

O autarca referiu que o Município em tudo colaborará «para que o projeto possa ser antecipado para um ano». O responsável da empresa admite que é difícil «comprometer-se com datas exatas» porque é um processo «que depende de entidades terceiras». «O que pode limitar é o facto de termos que pedir licenciamento para utilização de infraestruturas, postos da Altice, postos EDP, entre outros», refere. A guerra que se vive na Ucrânia também dificulta «a entrega de materiais e aumentou o custo de mão-de-obra» e embora isso, para já, não esteja a afetar o projeto, são questões «a ter em conta».

Foto | Jéssica Moás de Sá

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