«Na rua mais acima de Alcaria sofremos de um grande mal, não temos água da rede com pressão suficiente para abastecimento em casa, o nosso abastecimento em casa é da água das chuvas para um depósito que depois é bombeado para casa, o que nos causa alguns constrangimentos», explicou uma das moradoras desta zona, em representação de outros habitantes com a mesma queixa. A preocupação foi manifestada na última reunião de Câmara pública de Porto de Mós – que se realizou precisamente em Alcaria – onde a moradora reforçou que esta situação «causa alguns constrangimentos». «Cada vez chove menos, nos períodos de verão temos de contratar os bombeiros ou uma entidade privada para nos vir abastecer, ainda ontem estraguei uma bomba e ficámos sem água», acrescentou.
A moradora questionou o presidente, «que na campanha eleitoral» prometeu que estas limitações seriam «num período curto de tempo», sobre o prazo para a resolução desta situação, que «vai sempre a tempo». «Nós agradecemos e queremos água potável com pressão suficiente nas nossas casas, acredito que vamos ter um crescimento de moradores e não somos menos do que a parte de baixo de Alcaria», frisa.
O presidente da Câmara de Porto de Mós, Jorge Vala, mostrou ter conhecimento do problema. «Fizemos um levantamento de toda essa parte de Alcaria e a conclusão a que chegámos é que até o próprio lar, o Solar dos Prazeres de Serra D’Aire, tem uma pressão abaixo dos três quilos, a situação de toda esta zona é difícil», começou por referir o autarca. Esse levantamento levou a uma solução: «Essa zona vai ser servida por um novo reservatório, de menor dimensão que o outro, que vai ficar um pouco acima do Centro de Meios Aéreos para que depois toda essa zona alta receba água com pressão, injetada nas atuais condutas». «O estudo que foi feito garante que toda a zona fique servida em condições», reforçou Jorge Vala. «Portanto, abandonámos a ideia da hidropressora para passarmos a ter uma solução, que sendo um pouco mais honorosa, vai resolver um problema de toda uma zona», explica o presidente. «O projeto está feito e será feito num terreno baldio do Município» e é para ser feito «este ano», diz Jorge Vala.