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Município recebe mais de um milhão do PRR

24 Julho 2023
Isidro Bento

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Isidro Bento

24 Jul, 2023

O Município de Porto de Mós é (a par do de Bombarral) o quinto entre os 16 do distrito que até agora mais verbas viram atribuídas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). De acordo com o portal Mais Transparência, que reúne dados sobre a gestão dos recursos públicos do Estado Português, o Município é beneficiário de três projetos que, no seu conjunto, contam com um apoio financeiro superior a 1,1 milhões de euros.

Valorização do setor da Pedra domina

A Agenda Mobilizadora Sustainable Stone by Portugal – Valorização da Pedra Natural para um futuro digital, sustentável e qualificado leva a “fatia de leão” em termo de verbas. Reserva 1,1 milhões de euros para o Município, de um total de 32,8 milhões de euros a dividir por mais de meia centena de empresas, entidades públicas, universidades, centros de investigação e associações empresariais. A Agenda Mobilizadora tem como principal objetivo «potenciar o relevante trabalho mobilizador e agregador que tem sido realizado no contexto do Setor da Pedra Natural, para a criação de uma nova geração de produtos e processos produtivos, fortemente disruptivos e inovadores, que fortaleçam a capacidade do setor para crescer com pendor internacional, contribuindo, desta forma, para o crescimento e consolidação do setor enquanto estratégico para o desenvolvimento sustentável da economia portuguesa».

Os outros dois projetos, ambos para a contratação de apoio técnico no âmbito do 1º Direito – Programa de Apoio ao Acesso à Habitação, são financiados em, respetivamente, 18 e 19,2 mil euros. O primeiro já estará, aliás, concluído desde maio, enquanto que o segundo tem como data de conclusão 17 de janeiro de 2025. No distrito, Leiria, com cinco projetos, e Alcobaça, com quatro, são os municípios que, até agora, mais financiamento obtiveram em termos globais: 4,5 milhões de euros. A Marinha Grande (quatro projetos) surge a seguir, com 3,3 milhões de euros, depois as Caldas da Rainha, com 2,4 milhões. Este município tem, ainda, a particularidade de ser aquele com mais projetos apoiados, nove no total. Ansião conta com um financiamento de 1,8 milhões para dois projetos e encerram a lista dos milhões, Bombarral e Porto de Mós, ambos com 1,1 milhões de euros e três projetos.

Na posição inversa e fazendo fé da informação do referido portal, a Batalha será, até agora, o único município do distrito ainda sem projetos aprovados no âmbito do PRR. Aquele que tem menos verba atribuída é Peniche, com 15,1 mil euros (um projeto), seguem-se Castanheira de Pêra, que tem garantidos 81,6 mil euros (um), Nazaré, com 90 mil euros, Pedrogão Grande com 150 mil euros (quatro), Figueiró dos Vinhos, 158 mil euros (quatro) e Alvaiázere conta com 176 mil euros (três).

Pelo meio, surgem Óbidos, que viu apoiados três projetos num total de 649 mil euros, e Pombal, com 912 mil euros para seis projetos PRR.

Apoios estendem-se a outras entidades

Em Porto de Mós, além do Município temos, ainda, outras entidades públicas e privadas a beneficiarem do apoio financeiro no âmbito do PRR. A Santa Casa da Misericórdia é uma delas. A mais antiga instituição do concelho continua a investir em infraestruturas e depois das obras no seu lar, vira-se agora para a creche a instalar na antiga Pré-Primária da Corredoura, (fruto de contrato de comodato com a Câmara). A instalação da creche para 42 crianças conta com um apoio de 162,5 mil euros. O Agrupamento de Escolas de Porto de Mós é outra das entidades beneficiárias. A criação do Laboratório Vivo do Poldje de Mira-Minde, do Clube Ciência Viva da Escola Secundária de Mira de Aire, conta com um apoio financeiro de 9,9 mil euros.

A nível empresarial, a única empresa do concelho que surge nas pesquisas feitas no portal Mais Transparência é a Clinidog – Consultório Veterinário de Porto de Mós, Lda, que recebe 17 mil euros para apoio para a criação de emprego estável.

ASSIMAGRA com quatro milhões

Com sede fiscal em Porto de Mós, a Associação Portuguesa dos Industriais de Mármores, Granitos e Ramos Afins – ASSIMAGRA, é a entidade que mais dinheiro recebe via PRR. São quatro milhões de euros a dividir por dois projetos: a Agenda Mobilizadora Sustainable Stone by Portugal – Valorização da Pedra Natural para um futuro digital, sustentável e qualificado (3,5 milhões de euros), já referida atrás, e Road to 2050 – Roteiro para a Descarbonização do Sector da Pedra Natural (498,3 mil euros). Ambos têm aplicação multimunicipal, sendo que este último, segundo a memória descritiva disponibilizada no portal, «visa alvancar a descarbonização desta indústria através da promoção de uma mudança de paradigmas quer nas tecnologias quer nos recursos, procurando capacitar as empresas deste setor nesta temática e, deste modo, concretizando a transição para uma economia neutra em carbono. Será liderado pela ASSIMAGRA que assume o papel de entidade líder e estará suportado num plano de trabalhos estruturado e focado na transferência de conhecimento tecnológico, com medidas e tecnologias abrangentes no caminho para a descarbonização».

Embora na informação disponibilizada nada aponte para Porto de Mós, na mesma pesquisa surgem na listagem, como entidades beneficiárias de projetos a envolver o concelho, a Universidade do Porto, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera, I.P., o Instituto Superior de Engenharia do Porto – ISEP, e Serviço Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto – LIPOR.

Foto | Isidro Bento

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