A reunião de Câmara do passado dia 4 de fevereiro serviu, entre muitas outras coisas, para se proceder à integração do saldo de gerência que de forma simplificada podemos dizer que corresponde ao valor que “sobrou” de 2020 e que passa para o ano corrente, sendo acrescentado ao Orçamento de 2021. Concretizados todos os pagamentos e feitas as contas, o Município de Porto de Mós registou um saldo de gerência em 2020 de mais de 3,5 milhões de euros e que corresponde a um reforço orçamental com o qual o presidente da Câmara, Jorge Vala, se mostrou satisfeito. «Temos um saldo de gerência de quase 3 454 000 euros para despesas de capital [investimento] e 86 mil euros para despesas correntes. Isto é muito significativo», reconhece. O autarca explica que, desta vez, o excedente orçamental será aplicado de uma forma um bocadinho diferente daquilo que «habitualmente» tem acontecido. Este ano, do total, «1,8% serão atribuídos a despesas correntes» e os restantes «98,2% vão ser aplicados em despesas de capital», ou seja, «compromissos assumidos inicialmente no orçamento». O que anteriormente acontecia, recorda, era que «40% estavam destinados a despesas correntes» e «60% para despesas de capital».
Esta revisão orçamental foi aprovada por unanimidade e agora será remetida à Assembleia Municipal (AM). O objetivo é que a partir do momento em que a integração do saldo seja aprovado na AM, possa vir a ser utilizado e para o qual o Município já tem destino. «A partir daqui vamos poder avançar com obras que estavam comprometidas e que faziam parte do nosso plano», esclareceu Jorge Vala.
Durante a reunião do Município, o presidente da Câmara de Porto de Mós aproveitou ainda para divulgar a abertura de duas novas rubricas, uma delas referente à candidatura já formalizada no âmbito dos bioresíduos. «Não estava inicialmente contemplado, mas houve aqui um acordo dos Municípios para que cada um avançasse com a aquisição de contentores e de todo o processo para a sua dinamização», explicou. A outra diz respeito à requalificação do Rio Cabrão, em Alvados, que será feita na totalidade pela Junta de Freguesia, contrariamente ao que estava inicialmente previsto. Esta alteração, explica o autarca, deveu-se ao facto de a Junta querer dar início a um projeto de requalificação mas a Câmara ter entendido que «não o deveria fazer, sem fazer tudo». Entretanto, chegou-se à conclusão que a obra tem um «valor superior» àquele que estava contemplado no Orçamento, mas Jorge Vala esclarece que a Câmara apenas vai dar «até àquele valor».