Municípios de Porto de Mós e Rio Maior criam Caminho dos Candeeiros que conduz a Fátima

10 Outubro 2024

Isidro Bento

Porto de Mós está, definitivamente, na rota dos muitos que caminham até Fátima, seja enquanto peregrinos, seja como caminheiros. 

No passado dia 1 de outubro, o Centro Nacional de Cultura (CNC), presidido pela portomosense Maria Calado, lançou na sua página online e na aplicação Caminhos de Fátima um novo percurso que promete “conduzir” em segurança peregrinos e caminheiros até ao santuário mariano. 

Trata-se do Caminho dos Candeeiros, um itinerário certificado pelo CNC que nasce de uma parceria entre os municípios de Porto de Mós e Rio Maior, como explicou o vice-presidente da Câmara, Eduardo Amaral, na última sessão da Assembleia Municipal.

O responsável, depois de anunciar a novidade, recordou que esta é a segunda vez que Porto de Mós entra na rota dos Caminhos de Fátima. O concelho já integra o Caminho da Nazaré que, começando naquela vila, passa entre outros pela Cumeira de Cima, Pedreiras, Porto de Mós, Alcaria, Alvados e Barrenta (sendo que o percurso entre Pedreiras e Alvados corresponde à segunda das três etapas definidas) e agora volta a ser ponto importante de passagem com a criação deste.

O Caminho dos Candeeiros, num total de 63 quilómetros, começa junto às salinas de Rio Maior e tem o final da sua primeira etapa nos Canais Monizes. A segunda, já no concelho de Porto de Mós, «aproveita a existência do parque de campismo de Arrimal, e depois desenvolve-se por toda a zona serrana utilizando caminhos que as pessoas habitualmente faziam quando iam em peregrinação a Fátima», passando pela Bemposta, Mendiga e Chão das Pias, como explicou o autarca. O final é em Alvados, onde se junta ao Caminho da Nazaré. Esta povoação passa, assim, a ser «o grande centro de receção dos vários caminhos e depois faz a sua distribuição para o Caminho de Fátima», disse.

Eduardo Amaral mostrou-se bastante satisfeito com esta parceria a três, que é mais uma alternativa para quem quer chegar ao Santuário de Fátima, mas quer fazê-lo em segurança e com passagem por locais onde possa estar «em contacto com a natureza». No seu entender, «é interessante para o concelho», já que acaba por ser também «uma estratégia» para mostrar o que de melhor temos a este nível numa perspetiva parecida com os Caminhos de Santiago». «Este não é o caminho para o peregrino “normal”, é para aqueles que vêm mais numa perspetiva de introspeção e de contacto com a natureza», sublinhou.

No texto de apresentação do Caminho dos Candeeiros, o CNC explica que «o maior desafio deste percurso é a subida da Serra dos Candeeiros». Começa em Rio Maior e depois tem passagens pelos concelhos de Porto de Mós, Batalha e Ourém, coincidindo «com antigos caminhos rurais que ligam povoados ancestrais, implantados nas encostas e vales deste espaço geocultural do Maciço Calcário Estremenho». «O cenário convida à descoberta mas, também, ao repouso e à interioridade», lê-se ainda.

«Os Caminhos de Fátima são uma rede de itinerários religiosos e culturais que partem de diversos locais e terminam no Santuário de Fátima. Desenvolvidos ou certificados pelo Centro Nacional de Cultura, em parceria com múltiplas instituições e em articulação com o Santuário de Fátima, criam condições seguras e aprazíveis para peregrinos e caminhantes que a pé se dirigem ao Santuário, evitando as estradas de grande circulação automóvel, em favor de caminhos de terra e de pequenas estradas rurais», refere a mesma nota.

Foto | DR

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