O preço alto dos combustíveis é um problema que afeta tudo e todos: as próprias gasolineiras, as empresas que têm os transportes como principal atividade mas também todas as outras que precisam que lhes chegue a matéria-prima ao melhor preço possível. Afeta também o cidadão comum que todos os dias se desloca para trabalhar e que uma certeza tem, não pode cortar no combustível, depende dele para receber o ordenado ao final do mês. Depois do preço por litro ter atingido máximos sem precedentes e de toda a contestação, o Governo anunciou a descida nos impostos sobre as petrolíferas e um desconto de 10 cêntimos por litro, feito através da plataforma IVAucher. Ainda assim, o preço dos combustíveis continua a não agradar. Por ser uma questão transversal a toda a população, ouvimos três testemunhos que estão em diferentes lados da “barricada”.
“O revendedor de combustíveis tem uma margem no negócio que é fixa”
José Ferreira é administrador dos postos de combustível da BP na Corredoura e em Porto de Mós e não esconde «a revolta» que esta situação lhe tem causado. «As despesas são as mesmas, porque há custos fixos que nós temos que suportar e esses não reduzem e as vendas estão a cair drasticamente», salienta. O responsável vai mais longe: «As receitas que os postos estão a fazer começam a não cobrir as despesas, o que significará que alguns postos vão fechar portas se isto continuar», garante.
(Leia a notícia completa na edição em papel d’O Portomosense do dia 28 de outubro de 2021)