Nasceu uma “nova” casa de espeleólogos em São Bento

6 Junho 2024

Luís Vieira Cruz

Há desde o início do mês em São Bento, mais propriamente no Poço da Chainça, «uma verdadeira casa de espeleólogos», definição dada à Casa Abrigo do Núcleo de Espeleologia de Leiria (NEL) pelo seu presidente, Marco Dias, aquando da reinauguração oficial no passado dia 1.

Há muito que este núcleo de aventureiros aguardava para poder usufruir totalmente deste espaço que já ocupa desde 2002. As obras de requalificação iniciaram-se em 2019 mas só agora ficaram concluídas, «muito por culpa da pandemia e de alguns outros contratempos», justifica o responsável.

Durante a cerimónia inaugural foi recordada a história do Núcleo bem como alguns dos seus momentos mais marcantes, muitos destes vividos por sócios que já partiram mas que nem por isso deixaram de estar “presentes” neste dia de festa, tendo sido prestada uma homenagem a três deles através da sua eternização num memorial que se espera que para sempre perdure nas Serras de Aire e Candeeiros.

Quanto ao processo de renovação, muitas foram as horas empregues dentro daquelas quatro paredes durante cinco anos. Como resultado final, “renasceu” um espaço totalmente adaptado para abrigar espeleólogos, praticantes de desporto de aventura e natureza «e toda a população que queira conhecer tudo aquilo que o Núcleo faz».

Fundado em 1981 e formalmente constituído em 1993, o NEL é hoje muito mais do que um grupo de espeleólogos. Foram-se abraçando outras secções, entre as quais as de escalada, carro à vela, canyoning, caminhadas e corridas.

E tem sido uma prioridade para as direções tornar as atividades acessíveis a todos. Prova disso tem sido a forte aposta na adaptação de um carro que permita que o seu piloto, com mobilidade reduzida, acompanhe corridas e caminhadas ou possa «sentir na pele a espeleologia, descendo às grutas».

Além destas iniciativas, o NEL está a promover a Espeleologia para todos, projeto com o Município que será retomado «em breve» e com o qual o grupo espera poder «definir uma gruta que sirva como algar-escola, devidamente preparado para que as atividades sejam acessíveis a todos, independentemente das suas condições de saúde», frisa.

A primeira “missão” desta Casa Abrigo está designada: prestar apoio a espeleólogos que se preparam para retomar a campanha de exploração no Algar da Arroteia.

Foto | Luís Vieira Cruz

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