A segunda edição do Natal Encantado que, desde o passado dia 1 de dezembro e até 6 de janeiro, teve lugar na vila de Porto de Mós, decorreu dentro do que se esperava, podendo considerar-se o seu “balanço positivo”, como explicou Eduardo Amaral, vice-presidente e responsável pelo Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Porto de Mós, em declarações a O Portomosense.
Com a experiência adquirida na primeira edição procedeu-se “a alterações de fundo”, dum modo especial com a gestão do espaço, de forma a “surgir uma perspetiva do Natal Encantado e da Aldeia de Natal, a que acrescentámos um conjunto de funcionalidades”, revela o autarca, adiantando que, face a isso “os expositores passaram para casas individuais, a que se juntaram outras ofertas”, nomeadamente os carrosséis, a pista de gelo e “um conjunto de animação e fins de semana temáticos”.
Estas novas funcionalidades tinham como objetivo acrescentar a diversidade de oferta e, por isso, juntar mais público, de modo “a criar uma interação com a comunidade e o comércio locais”, refere Amaral, acrescentando que “a ideia da Aldeia de Natal é colocá-la no coração da vila e torná-la numa grande aldeia”. Contudo, “o nosso comércio não deu a resposta que se esperava” e durante muitos dias, sobretudo “ao fim de semana em que as pessoas queriam tomar um café e comer um bolo, encontrava-se fechado”, disse.
Oportunidade de negócio
O vice-presidente apela a que no futuro “terá de haver aqui uma ligação mais próxima”, uma vez que se está a investir no comércio tradicional, sendo que este também tem que ver que há aqui uma oportunidade, sendo “a função [da Câmara] criar condições para trazer público”, razão por que terá de haver respostas que serão dadas pela própria comunidade e por todos os serviços ligados.
Em termos de afluência de público, o evento esteve dentro das expectativas, sendo que o primeiro fim de semana, denominado “Aldeia das Traquinices”, “foi o que atraiu mais gente”, porque era dedicado às crianças, e quando isso acontece há sempre bastante público. Também a realização da Feira das Velharias neste fim de semana, que acabou por ser um complemento e um prolongamento, contribuiu para o aumento de afluência, considera o autarca.
Noutros fins de semana temáticos “o público acabou por não dar a resposta esperada”, afirma o vice-presidente da autarquia, adiantando que “isso obriga-nos a repensar a animação”, no entanto verifica-se que “a comunidade não viu nesta iniciativa uma oportunidade de negócio”, mas sim um espaço “onde se vai gastar tempo, recursos e pessoas”. Sobre este assunto há que repensar a forma de preencher os espaços e “no caso e não haver locais que pretendam promover os seus produtos, teremos de aceitar pessoas de fora que estejam interessadas”, sublinha.
Num evento deste tipo, é sempre difícil quantificar o número de pessoas que o visitam, no entanto, diz Eduardo Amaral, “sabemos que foram bastantes as pessoas que, ao longo de todo este tempo o fizeram”, quer fosse na pista de gelo ou até na exposição dos presépios, onde se encontravam “mais de duas centenas de presépios artesanais”, além da exposição das árvores de Natal.
Armindo vieira | texto
ISIDRO BENTO | fotos
PAULO ASCENSO | foto