A recolha de resíduos sólidos urbanos no concelho de Porto de Mós vai ser feita por uma nova empresa, a Rodolixo, depois ter sido emitido o visto do Tribunal de Contas. «Até agora tem sido a SUMA e vai continuar a ser pelo menos um mês. Agora, quem ganhou o contrato foi outra empresa e, pese embora decorra um processo judicial por parte da SUMA, o Tribunal de Contas deu-nos o visto, portanto, podemos, a partir de agora, avançar com o processo com a Rodolixo», avançou o presidente do Município, Jorge Vala, na última reunião camarária.
«O Município recorreu de uma decisão do Tribunal Administrativo de Leiria e o Tribunal de Contas deu o visto, aceitando a “bondade” daquilo que tínhamos contratado com a Rodolixo. É um concurso a 10 anos onde a proposta mais baixa é a que conta, esta proposta [da Rodolixo] é mais baixa em mais de 1,5 milhões de euros do que do segundo classificado, a SUMA», explicou aos jornalistas o autarca. O processo pode avançar, carece apenas de análise «em pormenor» dos juristas do Município: «Estamos em crer que em dezembro ou a partir do início do próximo ano será esta nova empresa a fazer a recolha». «O processo foi adjudicado em 7,8 milhões de euros por 10 anos», informou Jorge Vala.
O presidente acredita que os «portomosenses não deverão notar diferenças» no serviço. «Esta empresa tem experiência noutros municípios, sobretudo a sul, e já exerce alguma recolha de resíduos industriais na região de Leiria, nomeadamente em Leiria, Pombal e Marinha Grande», explica. A juntar a isso, sublinhou também o autarca, em relação a outros municípios, Porto de Mós tem a vantagem de ter os próprios contentores, por isso só contrata «a recolha». A central da Rodolixo será na Tremoceira, freguesia de Pedreiras.
Jorge Vala informou ainda que a partir de janeiro do próximo ano será implementada a «recolha de biorresíduos em parte do concelho»: «2024 será um ano-piloto com o canal HORECA e com zonas urbanas mais concentradas, entraremos em pleno em 2025. Embora as populações rurais não sejam um fator de preocupação porque habitualmente existem poucos biorresíduos, as pessoas têm gado, usam-nos como fertilizante, fazem compostagem». «O centro de transferência da VALORLIS terá um ecocentro para recolha de verdes e terá também, é uma novidade, recolha de resíduos têxteis nos Mendigos», concluiu.