O Plano de Ação do Plano Estratégico de Resíduos Sólidos Urbanos esteve em cima da mesa na última reunião camarária pública, com a aprovação da sua fase de discussão pública. O recente documentado foi orquestrado pela Comunidade Intermunicipal da Região de Leiria (CIMRL), feito «em conjunto, embora individualizado» para cada um dos 10 municípios integrantes. «Aquilo que nós temos aqui é efetivamente um plano estratégico para fazer investimentos com o objetivo de atingir metas», explica Jorge Vala, «uma estratégia até 2030 para acomodar legislação».
Num ano em que se inicia a recolha de biorresíduos no concelho, com a chegada dos novos contentores castanhos, Jorge Vala aproveitou para referenciar alguns dados interessantes sobre a recolha de resíduos: Porto de Mós valorizou 2 105 toneladas de resíduos através da compostagem no ano de 2022 (últimos dados disponíveis), valor que o executivo municipal diz ajudar a «reduzir a tarifa de gestão de resíduos, que tem vindo a aumentar», e que vai ao encontro das obrigações, até 2030, «de reduzir significativamente o depósito em aterro do lixo (orgânico)». Ainda em 2022, foram recolhidas 9 294 toneladas de resíduos urbanos e, destas, 8 136 toneladas foram recolhidos indiferenciados.
O Plano de Ação do Plano Estratégico de Resíduos Sólidos Urbanos vai entrar em fase de discussão pública durante 30 dias, antes de voltar a reunião camarária e porventura sob novas críticas da oposição. O vereador Rui Marto frisa que falta «uma série de coisas», lamentando que os contentores de biorresíduos sejam escassos, e questiona se «é desta que a CIMRL se une, faz o trabalho que tem a fazer e começa a sensibilizar as pessoas para a necessidade de baixar a produção e não para a necessidade de se aumentar os preços a quem cumpre» – referenciando o aumento da tarifa de gestão de resíduos, que diz ter aumentado 15% em Porto de Mós. «Não vejo aqui grandes metas a atingir, gostava de ver claramente outro tipo de referências às produções. Até porque quem conhece a política dos 3 R’s, a primeira é reduzir», concluiu.
Foto | Bruno Fidalgo Sousa