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Novo mural de Basílio une lugares do Juncal

26 Maio 2023
Bruno Fidalgo Sousa

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Bruno Fidalgo Sousa

26 Mai, 2023

O Juncal esbatido ao fundo, «como elemento geral e secundário» perante os 10 lugares da freguesia que tomam a dianteira no novo mural de Basílio, com as «mãos de união» ao centro. É assim que explica o artista portomosense a sua nova obra, que representa os 10 lugares da freguesia do Juncal e que está instalada no largo da Junta.

De acordo com Basílio, o convite surgiu por parte da autarquia local, que tinha como ideia inicial um mapa mas que aceitou de bom grado o conceito proposto pelo artista, agora consagrado na parede juncalense. Um conceito que, como a maioria dos trabalhos do artista, se foi «ajustando»: «Foi um processo desafiante, como os outros. Como é raro repetir técnicas, acabo sempre por ter experiências que não tive anteriormente», explica a O Portomosense. «No entanto, foi um projeto que acabou por corresponder às expetativas e àquilo que me comprometi e que queriam transmitir», acredita.

Da mesma opinião partilha o presidente da Junta de Freguesia do Juncal, Artur Louceiro. Segundo o autarca, «fazia parte do programa [eleitoral] criar um mural com os lugares da freguesia», e a obra ficou como estava perspetivada, com um feedback positivo por parte da população, diz, inclusive com alguns populares a dar os parabéns ao artista «pessoalmente, enquanto este executava» a obra.

Da parte da Junta, contudo, «ainda faltam uns detalhes», que se prendem com a iluminação do local, via painel fotovoltaico.

Cada vez mais profissional

Rui Basílio Visual Arts, Lda. é o nome oficial da nova empresa do artista, com a atividade do costume e com o objetivo de tornar o seu ofício «ainda mais profissional». Há cerca de três anos e meio que Basílio trabalha apenas neste ramo das artes visuais, repartindo-se entre clientes públicos e privados. O balanço que faz «é positivo»: «Sinto que todos os dias estou na zona de desconforto, portanto, em princípio estarei a evoluir, mas realmente olho para trás e aquilo que me satisfazia há três anos não é o que me satisfaz agora».

O artista tem trabalhos espalhados por todo o concelho (como a pintura Mãos Divinas, feita na torre dos Bombeiros Voluntários de Porto de Mós, o mural Muros de Pedra Seca, no Miradouro do Chão das Pias e, mais recentemente, a homenagem aos oleiros e canteiros das Pedreiras, à entrada da localidade, junto ao IC2), além de várias experiências nacionais e internacionais (este ano, no Brasil, criou uma peça para a exposição Incomensurável Paixão). Já a sua obra Cantoneiros, na Ribeira de Baixo, foi na passada semana nomeada para os Prémios STONEBYPORTUGAL, na categoria Inovação (os resultados serão conhecidos amanhã, dia 26). No Juncal, onde chegou inclusive a morar e a estudar, do 5.º ao 12.º ano, esta foi a sua primeira obra pública. Nascido em Évora, mas há mais de 30 anos em Porto de Mós, hoje mora com a família na Fonte do Oleiro e admite que a sua «vida acaba por já não estar tão ligada ao Juncal, mas é sempre uma zona que deixou marca».

Foto | Bruno Fidalgo Sousa

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